Veto a casas de apostas em camisas de clubes: Chile e Inglaterra debatem futuro de patrocínios
Casas de apostas invadem o futebol com patrocínios em clubes de todo o mundo, mas Chile e Inglaterra podem ter proibição<br>
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É cada vez mais comum que casas de apostas, como a Betano, se interessem em investir em futebol através de patrocínios em clubes, atletas e competições. No entanto, países como o Chile e a Inglaterra avaliam a possibilidade de acabar com tal propaganda, travando uma disputa com os clubes, que são contra.
As apostas esportivas se tornaram uma febre em todo o mundo, atraindo novos apostadores diariamente, o que acaba movimentando o setor financeiro das empresas. Na união com os clubes, ganham desde as equipes e empresas envolvidas até os próprios torcedores e apostadores.
Apesar dos benefícios, pode haver restrição
As casas de apostas observaram nos clubes a possibilidade de expandir a marca, com divulgação em camisas, shorts, banners, placas publicitárias e redes sociais. Com isso, atinge em cheio um público que gosta de esportes, com a tendência a apostar.
Essa situação acaba sendo boa para todos os lados. Primeiro, as empresas conseguem êxito, chamando a atenção e ganhando novos clientes. Para os clubes, os valores financeiros são bem-vindos.
O torcedor também ganha com isso, já que o seu time do coração acaba realizando negociações para melhorar o plantel.
Por fim, os apostadores podem aproveitar de ofertas e promoções que as casas de apostas realizam com os clubes parceiros, como odds mais vantajosas em algumas partidas.
Como comparativo, segundo o Daily Mail, a Premier League e a Championship League, que são as primeiras divisões da Inglaterra, atingiram US$ 137 milhões em contratos de patrocínios com casas de apostas em 2021/22. Os números mostram o impacto que as parcerias geram no futebol.
Situação no Chile
A Superintendência de Casinos de Juego (SCJ) do Chile chegou a emitir um comunicado contra a propaganda de casas de apostas no futebol.
Conforme o comunicado, o ato de apostar no país é ilegal, portanto, só são liberadas através das empresas licenciadas, que são Polla Chilena de Beneficencia, Lotería de Concepción e Teletrak.
Porém, diversas empresas grandes estão presentes em equipes do país. É o caso da Betano, na Universidad, e da Betway, no La Calera.
Se a proibição realmente ocorrer, as equipes do Chile irão perder muitos valores em patrocínios, consequentemente, enfraquecendo as suas equipes que ainda se recuperam dos efeitos da pandemia no país.
Situação na Inglaterra
Na Inglaterra, a restrição também é especulada e como já citamos pode afetar diretamente as primeiras divisões. Segundo a English Football League (EFL), que organiza as competições da 4ª até a 2ª divisão, a estimativa é de perder 40 milhões de libras por ano caso ocorra.
Uma expectativa é que a proibição seja apenas para patrocínios master, no centro da camisa, liberando nas mangas.
Outro ponto é que os clubes pedem uma tolerância de três temporadas, para que os acordos em vigor não sejam afetados.
Ainda não está nada definido, porém, se a restrição for colocada em prática os clubes terão um prazo para que possam renegociar os contratos, buscando novas empresas.
E no Brasil?
As casas de apostas também invadiram o futebol brasileiro, contando com diversos acordos de patrocínios com equipes, ex-jogadores e até mesmo competições.
Na primeira divisão, 18 dos 20 clubes contam com acordos envolvendo empresas do segmento de apostas, alguns masters e outros com cotas menores.
Os acordos são comemorados pelas equipes, que ganham respiro financeiro e conseguem contratações de jogadores de peso, como por exemplo, Hulk, no Atlético Mineiro, e Vidal, no Flamengo.
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