Deschamps lamenta desfecho da Eurocopa para a França
Gol de Portugal saiu no segundo tempo da prorrogação, marcado pelo atacante Éder
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O técnico Didier Deschamps apareceu para conceder entrevista coletiva neste domingo com um semblante arrasado. E não era por menos. Poucos minutos antes, a França havia perdido, em pleno Saint-Denis, a Eurocopa para Portugal, após gol de Éder aos três minutos do segundo tempo da prorrogação. Ele afirmou que foi 'muito cruel' o desfecho da competição.
- É muito cruel perder a final assim. Fomos clínicos, tivemos a cabeça boa. Infelizmente, faltou o essencial. Temos que digerir. Não há palavras que ajudem a aliviar a decepção. É duro para a torcida. Gostaríamos de dar esse título. É difícil relativizar e ver os pontos positivos. A decepção é muito grande.
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Deschamps falou ainda sobre a estratégia de Portugal para vencer a Eurocopa. Para o treinador, a equipe entrou com uma postura mais defensiva, priorizando os contra-ataques, principalmente após a lesão de Cristiano Ronaldo. Mas não tirou os méritos pela conquista.
- Portugal sabe muito bem como desmanchar o jogo do adversário. Sem o Cristiano Ronaldo, eles se fecharam ainda mais. Pressionamos muito, acabamos deixando espaços lá atrás. O vencedor merece sempre. Podem fazer suas análises. Disse que Portugal não estava na final por acaso. Ficaram em terceiro no grupo, mas ganharam a Eurocopa e venceram o jogo mais importante. Muitos vão fazer comparações com gerações mais talentosas. Mas nada tenho a dizer.
O treinador falou ainda sobre a atuação de Payet, que caiu de rendimento na etapa final e acabou sendo substituído por Coman.
- Payet começou bem, mas faltou físico para ele, com jogos de três em três dias. Por jogar no West Ham não está acostumado a esse ritmo. Os jogadores acabam a Eurocopa extenuados. Alguns jogadores estão mais cansados que outros, mas todos estão cansados.
Por fim, Deschamps falou sobre sua continuidade na seleção francesa.
- Sabem bem que minha continuidade está prevista. Não quero aqui ficar pensando em mim. Preciso de tempo, como os jogadores, para digerir. O sentimento predominante é de desilusão. Há jovens que vão evoluir. Estou muito orgulhoso de tudo o que fez esse grupo. Não ganhamos, mas, depois de muito tempo de preparação, 57 dias juntos, isso não é o fim. É uma pancada muito dura, mas essa noite é difícil ser otimista. Ainda assim, acho que dias melhores virão.
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