Chegou o grande dia para a nação rubro-negra, o duelo contra o Barcelona de Guayaquil, pela semifinal da Copa Libertadores. Mais que isso, a torcida estará presente no Maracanã, nesta quarta, para apoiar a equipe. Em entrevista ao perfil oficial da Conmebol no Twitter, o ex-jogador e ídolo Adriano falou sobre sua história no Flamengo, relembrou o título de 2019, e ressaltou o momento da equipe na temporada sob o comando do técnico Renato Gaúcho.
- Acho que está no caminho certo, pois o Flamengo se organizou tem muito tempo. Renato Gaúcho também é inteligente, ele sabe. Ele já jogou, então é uma coisa muito importante até para o time, tem uma experiência para o time. Ele vem fazendo um trabalho maravilhoso. Tenho toda certeza do mundo que mesmo se não for campeão, irá chegar à final se continuar desse jeito - disse o ídolo rubro-negro, que emendou:
- Acho que é continuidade. Se estiver em uma continuidade boa, acho que é difícil parar o time. Tem entrosamento, os jogadores já sabem onde você está, não precisa nem olhar. Quando se tem um conjunto, um grupo de verdade unido, é difícil ganhar. Com certeza vai ser muito difícil ganhar do Flamengo - frisou.
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Ao ser perguntado sobre o retorno da torcida, Adriano afirmou que faz enorme diferença na atmosfera do Maracanã. Vale lembrar que a carga disponível de ingressos para este confronto é de 35 mil, cerca de 50% da capacidade do estádio. Para ele, isso afetará a concentração dos visitantes. Ele também falou sobre a boa fase de Gabigol com a camisa do Flamengo e sobre as comparações o com o Imperador como artilheiro e ídolo.
- Com certeza (O Flamengo ficará mais forte com a volta do público ao estádio). Não tem jeito, a torcida é um jogador a mais dentro de campo. Sempre foi. Vai ser difícil para o Barcelona, com certeza. O Maracanã faz a diferença, jogar dentro de casa, já conhece o campo, a torcida, a concentração é maior. Quem está fora de casa, querendo ou não, fica bem mais nervoso, e afeta a concentração - salientou sobre a presença da torcida, e acrescentou ao falar de Gabigol:
- Ele é goleador igual a mim (Gabigol), não tem como não comparar. Não só eu, como ele, todos os torcedores. A nossa função é fazer gol para ajudar nossa equipe. Ele está vivendo um momento muito bom, está no caminho certo. Antigamente, a torcida pegava muito no pé dele, como já pegou no meu também. Não só torcedores, como jornalistas, mas é a fase que a gente passa. Conseguimos seguir aquela estrada e treinamos para isso, para fazer gol, fazer com que a nossa equipe tenha a vitória - disse.
Por fim, Adriano relembrou momento do início da carreira ao falar do seu amor pelo Flamengo e revelou que fica nervoso ao assistir aos jogos, agora como torcedor. O Imperador citou a final da Copa Libertadores 2019, e destacou o quanto ficou nervoso naquela virada histórica que entrou para a história e ficou para sempre na mente de cada torcedor.
- Flamengo para mim é tudo. Foi onde eu comecei desde pequeno, com sete anos de idade. Uma história muito boa e graças a Deus eu consegui ganhar título e todo mundo que me conhece sabe que é a história da minha vida - ressaltou Adriano, e completou:
- Claro, chorei e tudo (final de 2019). Estava na casa da minha mãe. Não tem como não se emocionar, até porque eu tinha o sonho de ser campeão da Libertadores, mas infelizmente não foi possível. O que grava na gente é poder passar uma alegria aos torcedores. Por mais que eu não ganhei uma Libertadores, mas ganhei um Estadual, um Brasileiro. Só isso dá um conforto muito grande para gente - disse:
- Estava nervoso, para você ver quando o gol saiu, eu saí desesperado do banheiro (risos). Eu estava nervoso, porque é muito ruim do jeito que foi. Mas sabe como é o Flamengo, quando chega na final a gente se ajuda, a torcida se empolga, a alma parece que está jogando com a gente. Quem jogou no Flamengo sabe como é - brincou o ex-jogador
O Imperador também foi perguntado sobre as músicas cantadas pela torcida e revelou que se identifica com algumas. Duas delas são o Rap da Felicidade e a Festa na favela, que relembram a sua infância na comunidade da Vila Cruzeiro e o sonho de ser jogador profissional. Ele também citou que era criticado por visitar a comunidade onde foi criado na época em que vivia o auge de sua carreira.
- Essa também me representa (Rap da Felicidade). O pessoal não me deixava quieto. Eu ia para minha comunidade, onde fui nascido e criado, e a mídia não aceitava isso. Achava que só por eu ser o Imperador, eu não poderia voltar à minha comunidade. Isso não existe. Ali foi a minha raiz, de onde eu saí. Vou até hoje, pois são amigos que nasceram e foram criados comigo. Então, a mídia pegava muito no meu pé. E quando eu fazia o gol, a torcida cantava: "Favela, festa na favela". Eu me identificava - finalizou.