Adriano Imperador: carreira foi marcada por muitos gols e declínio precoce
Morte do pai em 2004 teve impacto direto na carreira do jogador
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Em meados dos anos 2000, Adriano Imperador chegou a ser apontado como sucessor de Ronaldo Fenômeno. Os gols em profusão, a potência nos chutes, as atuações em grande estilo nas decisões, a ida para a Internazionale… Tudo apontava para um novo reinado. Mas a carreira do atacante, que faz o seu jogo de despedida neste domingo (15), às 17h, no Maracanã, foi marcada por (muitos) altos e baixos. “Um desperdício de talento”, como lamentou certa vez um técnico da Seleção Brasileira.
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Adriano começou a despontar para o futebol no fim da década de 1990, na base do Flamengo. No início, era lateral-esquerdo, mas logo se percebeu que sua vocação era marcar gols e, por isso, virou atacante.
Em 2000, prestes a completar 18 anos, Adriano estreou nos profissionais do rubro-negro carioca. Naquele mesmo ano, foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, um time que tinha em seus quadros jogadores renomados, como Rivaldo e Cafu. Ganhar espaço para jogar entre eles foi o que despertou o interesse da Internazionale, da Itália, que no ano seguinte o contratou.
Foi na Itália que o atacante virou Adriano Leite Ribeiro virou Adriano Imperador. Estreou marcando um golaço contra o Real Madrid. Foi emprestado à Fiorentina e ao Parma, e quando voltou à Internazionale, em 2004, viveu o auge da carreira. Pelo clube milanês, Adriano Imperador conquistou duas Copas da Itália e quatro Campeonatos Italianos.
Naquele mesmo período, Adriano fez partidas memoráveis pela Seleção Brasileira. Dois jogos em especial são inesquecíveis: a final da Copa América de 2004, quando empatou o duelo com a Argentina aos 48 do segundo tempo; e a decisão da Copa das Confederações do ano seguinte, quando marcou dois gols na goleada por 4 a 1.
Morte do pai e declínio na carreira de Adriano Imperador
Herói da conquista da Copa América de 2004, Adriano dedicou aquele troféu ao pai, Almir Leite Ribeiro, nas entrevistas pós-jogo. “Este título pertence ao meu pai. Ele é meu grande amigo, meu parceiro. Sem ele, eu não sou nada.”
Duas semanas depois do título, Almir sofreu um ataque cardíaco e morreu, aos 46 anos.
A morte do pai afetou demais o atacante. Adriano Imperador ainda conseguiu jogar algumas temporadas em alto nível, mas a partir de 2006 o brilho começou a apagar. Dificuldades em se manter em forma, bebidas alcoólicas e cigarros, bailes funk, suposto envolvimento com traficantes e uma depressão profunda fizeram o jogador anunciar uma pausa na carreira.
O atacante retomou o futebol no São Paulo e, depois, retornou à Inter. Adriano não conseguiu repetir os melhores momentos da carreira, mas voltou a fazer a diferença em 2009, quando foi contratado pelo Flamengo.
A nova passagem durou dez meses, e nesse período Adriano Imperador foi o grande responsável pelo título do Campeonato Brasileiro. Naquela edição, ele marcou 19 gols, sendo um dos artilheiros, ao lado de Diego Tardelli, do Atlético-MG.
O sucesso de 2009 despertou o interesse da Roma. O atacante, então, voltou ao futebol italiano — mas o tempo demonstraria que tinha sido um erro. Adriano não conseguiu repetir o bom futebol, e nos anos seguintes teve passagens apagadas por Corinthians, Flamengo, Athlético-PR e Miami United, onde jogou sua última partida como profissional, em 2016.
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