ANÁLISE: Flamengo ‘abandona futebol’, é insignificante contra o Goiás e preocupa para final da Copa do Brasil
Rubro-Negro não apresenta nada em último jogo antes da decisão e liga alerta por salvação da temporada
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No último jogo antes da final da Copa do Brasil, o Flamengo não conseguiu apresentar nada de proveitoso contra o Goiás, e terminou a partida da 24ª rodada em um sonolento 0 a 0. Em um duelo sem a mínima inspiração, o Rubro-Negro preocupa - e muito - para o confronto que pode minimizar os fracassos de 2023.
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Diferente do habitual, a análise de Flamengo 0 a 0 Goiás vai ser um texto sucinto tal qual o futebol apresentado por ambas as equipes no Estádio da Serrinha. O Rubro-Negro, que vive em crise e tinha uma última oportunidade de apresentar ao menos uma boa atuação para tentar empolgar a torcida para a decisão, não o fez.
Durante os 90 minutos, o Flamengo deu dez chutes, sendo apenas DOIS em direção ao gol. Ainda em relação às estatísticas, o Rubro-Negro teve 66% de posse de bola e deu 587 passes, tendo uma precisão de 84% no quesito. O problema é que o Fla vive fase tão assombrosa que foi capaz de contrariar o famoso ditado "números não mentem". Pois mentiram.
Quem vê apenas as estatísticas acha que o Flamengo foi amplamente superior ao Goiás, o que não aconteceu. E com todo respeito: o Rubro-Negro foi um amontoado de nadas. Não conseguiu apresentar um detalhe proveitoso e que acendesse uma mínima luz no fim do túnel para a final da Copa do Brasil. Ao contrário, gerou ainda mais preocupação.
A verdade é que a 38ª escalação diferente de Jorge Sampaoli foi só mais um retrato do que é o Flamengo de 2023: fracassada. Um time sem vontade, sem entrega, sem técnica, sem tática, sem organização. A única coisa que o Fla desta temporada apresenta são confusões e polêmicas, que ganharam muito mais destaque no noticiário do que o futebol, que vive momento de abandono.
Em 90 minutos, o futebol foi insignificante. Pífio ao ponto de o maior destaque do Flamengo na partida ter sido o chute de Jorge Sampaoli no microfone da transmissão. Atitude esta que repete o comportamento nervoso do domingo (17), contra o São Paulo, quando o técnico chutou as grades de segurança do túnel que dá acesso ao vestiário.
Eu gostaria também de falar sobre a estreia de Agustín Rossi. O badalado goleiro argentino que já estava há dois meses no Flamengo teve, enfim, a primeira oportunidade. Mas o nível do futebol apresentado no Estádio da Serrinha foi tão ruim que nem do novo arqueiro a gente é capaz de falar. Pouco foi exigido e pouco apareceu.
E se tudo o que aqui foi resumidamente citado não te preocupou o suficiente, calma! Tem mais. Ao final do jogo, em entrevista coletiva, o técnido Jorge Sampaoli elogiou a atuação do Flamengo, disse que o time teve o controle de toda a partida e que confia na capacidade da equipe em garantir o título da Copa do Brasil.
Se o futebol não gera a mínima expectativa, e o extracampo é extremamente conturbado, resta ao Flamengo apelar para a fé, visto que tem um Santo como padroeiro. Que São Judas Tadeu tenha piedade dos rubro-negros, e que as preces, sejam elas quais forem, aliadas à força e à história que as cores vermelha e preta carregam, sejam capazes de, novamente, contrariar as estatísticas, transformar o Fla em campeão e dar um mínimo de alento a uma temporada de vexames.
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