Análise: fragilidade tática no desnorteado Flamengo de Renato atinge o seu ápice
Técnico se amparou a erros de arbitragem, mas assegurou uma evolução da equipe, nos quesitos técnico e físico, até a final da Libertadores. Aspecto coletivo clama por melhora
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Apenas 18 dias separam o Flamengo da final da Libertadores. E é evidente que há um declínio cuja maior responsabilidade passa pelo trabalho insuficiente de Renato Gaúcho. O frustrante empate com a Chapecoense, na última noite, emperrou o time na briga pelo título do Brasileiro e escancarou a ausência de um padrão tático.
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E que se sublinhe: comportamentos cognitivos no aspecto coletivo, com e sem a bola, não dependem dos jogadores mais qualificados para serem executados.
Apesar dos dez desfalques de ontem, nada justifica um time, desmantelado mas com Everton Ribeiro, Gabi, Bruno Henrique e Michael na frente, criar poucas alternativas contra um rival frágil e com um jogador a menos em boa parte do segundo tempo. E o pior: ceder espaços em profusão nesse cenário.
Já são 31 jogos de Renato sob o comando do Fla. Na quarta (10), o técnico completa quatro meses de casa, e a sua equipe não tem identidade: nem é impositiva, com forte marcação pressão no ataque, nem é talhada para o contragolpe, com linhas mais baixas e uma defesa consistente.
Contra a Chape, um desorganizado Flamengo fez 30 cruzamentos, oito a mais em relação à sua média no Brasileiro. A equipe foi um deserto de ideias nas tramas próximas à área, algo tão gritante que suplantou os graves erros de arbitragem. Além disso, o Verdão do Oeste encontrou pouca resistência (desde o início) e finalizou 14 vezes - a sua média na competição é de 10 por jogo.
Tais números recortados refletem uma fatia de um todo alarmante. Por mais que a preocupação seja cada vez mais a final do dia 27, será essencial que o Renato, seja com peça A ou B, defina para ontem um modelo vislumbrando o embate com o Palmeiras. Ouvir lideranças do elenco pode colaborar.
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Em entrevista coletiva, Renato assegurou que o time estará 100% nos quesitos físico e técnico. Mas o tático foi escanteado, assim como tem sido em campo - ontem mesmo terminou o jogo com cinco atacantes de ofício num time desnorteado e apostando na aleatoriedade.
- Estamos devendo bastante e vamos melhorar. Pode ter certeza que, para o dia 27, será um jogo atípico. Vai ser um Flamengo totalmente diferente. São várias cabeças inteligentes que pensam aqui dentro, mas o torcedor pode ficar tranquilo que a equipe vai estar 100% na parte física e técnica para a decisão.
O PRÓXIMO DESAFIO
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Agora, o Flamengo terá o Bahia nesta quinta-feira, no Maracanã, às 19h, pela 31ª rodada. O time de Renato está em terceiro colocado, com 54 pontos - 11 a menos em relação ao Atlético-MG, líder e com um jogo a mais na tabela.
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