Caso César: ‘ A perda da consciência é uma agressão ao cérebro’, diz especialista
Choque que goleiro sofreu na final da Copa Sul-Americana. Mas neurologista do HCor alerta para cuidado que médicos do esporte precisam ter com atletas
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A torcida do Flamengo passou por um momento de susto no Maracanã. No decorrer do empate em 1 a 1 entre o Rubro-Negro e o Independiente, que rendeu o título da Copa Sul-Americana à equipe argentina, César se chocou em uma jogada aérea. Após cair de mau jeito, o goleiro chegou a causar apreensãoi entre os jogadores mas, após ser examinado pelos médicos, seguiu em campo.
Ao final da partida, o médico do Rubro-Negro, Márcio Tannure se manifestou sobre o caso:
- Ele não perdeu a consciência, estava lúcido. A gente pediu para realizar exames e, naquele momento, em uma definição muito rápida, achei que ele poderia continuar. Mas a gente tem que preservar sempre a saúde do atleta, se não soubesse como ele estava, iria tirá-lo do jogo, afinal, tínhamos mais uma substituição. Mas, depois da partida, encaminhamos o César para o hospital, para garantir que ele estava bem.
Especialista em neurologia do HCor, José Renato Baubab apontou que choques rendem alerta a jogadores e médicos de qualquer clube.
- Uma coisa é o traumatismo sem perda de consciência, na qual é normal o atleta ter um pouco de tontura. Aí cabe ao médico saber se permite que ele volte logo ou não. Mas, quando há perda de consciência, a prioridade é de fazer uma ampla avaliação.
O especialista disse que, ainda que jogadores recobrem a consciência rapidamente, é necessário que os médicos os deixem em observação:
- A perda da consciência, ainda que de modo rápido, é uma agressão ao cérebro, vem como um pequeno trauma. São coisas abruptas que podem acontecer em um esporte de contato físico.
Baubab criticou a postura atual em relação a casos de contato físico. Hoje, é necessário afastar os jogadores, para evitar contato com quem está caído. Depois, o jogador tem de ser atendido e, se os médicos aprovarem, ele volta ao campo.
- Sem dúvida, deveria ser um critério maior. Não basta afastá-lo no campo, e ter uma avaliação rápido. Há um risco de dano cerebral, é ideal removê-lo o mais rápido possível para um hospital.
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