Maurício Barbieri ainda não sabe se poderá ou não contar com Paolo Guerrero nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. O departamento jurídico do clube consultou a CBF sobre a situação do peruano, que atuou no Mundial por conta de uma liminar do Tribunal Federal da Suiça, mas a dúvida persiste.
Em sua resposta, a CBF sugeriu ao Rubro-Negro procurar a justiça suíça. Esse será o próximo passo do Flamengo, que espera ter o atleta à disposição até o fim de seu contrato, em 10 de agosto. Assim, o futuro de Guerrero na Gávea segue indefinido. A informação foi inicialmente dada pelo "Esporte Interativo".
Guerrero testou positivo para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em exame antidoping realizado após o jogo entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro. A partida era válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
Por causa disso, a Fifa suspendeu o atleta por 30 dias preventivamente. Depois, no dia 8 de dezembro, a Fifa anunciou a suspensão do atacante por um ano.
Em 20 de dezembro, a Comissão de Apelação da Fifa aceitou parcialmente o recurso interposto pela defesa de Guerrero, reduzindo a pena para seis meses. Então, iniciou-se a luta do atacante - e de seus advogados - por sua absolvição.
Em maio, após cumprir os seis meses de punição, Guerrero voltou a atuar pelo Flamengo e pela seleção peruana, sendo convocado para o Mundial da Rússia. No entanto, semanas antes da Copa do Mundo, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julgou os recursos do atacante, que pedia a absolvição, e a apelação da Agência Mundial Antidoping (WADA), que pedia a suspensão por dois anos.
O resultado do julgamento do TAS foi o aumento da pena de seis para 14 meses, o que deixaria Guerrero fora do futebol até 2019 e fora do Mundial.
A defesa do centroavante, então, apelou ao Tribunal Federal Suiço, que concedeu uma liminar e autorizou a presença do peruano na Copa do Mundo, mas sem especificar se o atleta poderia disputar outras competições após por conta da liminar ou dar um prazo para o caso ser analisado definitivamente.
De forma precavida, o Fla procura ter certeza se Guerrero tem condições legais de jogo antes de autorizar a escalação do atacante no Campeonato Brasileiro.