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Com bagagem no profissional, Muniz mostra repertório e vira referência entre os jovens do Flamengo

Camisa 9 da equipe no início do Carioca, centroavante destaca pelo jogo aéreo, mas também revela virtudes como pivô e na movimentação

Macaé x Flamengo
Rodrigo Muniz marcou os dois gols do Fla contra o Macaé (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

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Um centroavante nato. Assim pode ser descrito Rodrigo Muniz, jovem atacante do Flamengo e camisa 9 da equipe nas primeiras rodadas do Carioca. Neste sábado, foram dele os dois gols rubro-negros na vitória por 2 a 0 sobre o Macaé, e justamente na melhor de suas características: o jogo aéreo.

+ ATUAÇÕES: Rodrigo Muniz é o destaque da vitória do Flamengo; veja notas!

Se engana, no entanto, quem pensa que essa é a única virtude do atleta de 19 anos. Atuando isolado no ataque no time de Maurício Souza, o jovem vem servindo como "homem-alvo", ou seja, a referência para lançamentos longos que possam desafogar a defesa. Forte fisicamente, ele tem mostrado qualidade em jogar de costas para o gol e fazer o papel de pivô para os companheiros ao redor.

Em um desses lances na partida contra o Macaé, Rodrigo Muniz quase marcou um golaço. Ele recebeu passe rasteiro de Ramon na entrada da área, soube usar a força física para girar sobre o marcador e bateu forte para o gol. A bola passou próxima ao ângulo da baliza defendida por Milton Raphael.

Apesar de ser mais fixo, o atacante também mostrou boa movimentação para puxar a marcação e liberar a subida dos meio-campistas do Flamengo. João Gomes e Thiaguinho, por exemplo, tiveram oportunidades de marcar em lances que Muniz criou espaço se movimentando.

Essas foram algumas características presentes no repertório de Rodrigo Muniz nas primeiras rodadas do Carioca. Sem dúvidas, é preciso levar em consideração a fragilidade dos adversários (Nova Iguaçu e Macaé). Mas as boas atuações podem servir para o atacante ganhar confiança e se firmar como opção no elenco que também tem Pedro e Gabigol.

Rodrigo Muniz - Flamengo
Muniz em treino no Ninho do Urubu (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

EMPRÉSTIMO RELÂMPAGO E MORAL COM CENI

Destaque nas categorias de base, Rodrigo Muniz estreou como profissional na primeira rodada do Carioca de 2020. Na época, assim como atualmente, os principais jogadores estavam de férias, e o Flamengo iniciou a Taça Guanabara com um time repleto de jovens. Ele ainda foi titular em duas rodadas no torneio e chegou a marcar um gol contra o Volta Redonda.

Com a volta dos titulares, no entanto, ele perdeu espaço e voltou a jogar pela equipe sub-20. Com o objetivo de ganhar experiência e rodagem, o atacante foi emprestado pelo Flamengo ao Coritiba, em outubro do ano passado, e teve oportunidade de ter sequência como profissional.

Em praticamente um mês na equipe paranaense, Muniz disputou seis partidas pelo Brasileirão e marcou um gol. A passagem, que seria até o fim da competição, foi encurtada após o pedido de Rogério Ceni, que queria contar com o jovem.

Com o técnico, ele passou a ser relacionado para o banco de reservas e se tornou uma opção frequente no fim das partidas em que o Flamengo precisava de um resultado. Entrou nos jogos contra o Botafogo, Fluminense, Ceará e Athletico, mas não se destacou e ficou mais marcado pelas explicações dadas por Ceni para não escalar Gabigol e Pedro juntos.

Segundo o treinador, o jovem tinha mais capacidade de realizar a recomposição lateral do que os outros dois companheiros. A justificativa levantou questionamentos da torcida, mas deixa claro a confiança de Rogério em Rodrigo Muniz, que, com mais bagagem e confiança, tende a ter ainda mais espaço na temporada 2021.

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