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Com copo meio cheio ou meio vazio, a ‘sede’ da reedição de 1981 acabará

Desejo popular: Flamengo e Liverpool voltarão a se enfrentar na decisão do Mundial após 38 anos. Rendimento rubro-negro na semifinal do torneio carrega ambiguidade 

Flamengo x Al Hilal - Jorge Jesus
Jesus agradece à torcida após vitória sobre o Al Hilal (Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)

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Uma parada de cinco minutos com torcedores do Flamengo em Doha é o suficiente para constatar: há certeza que as coincidências irão convergir para o bicampeonato do Mundial. Nova decisão contra o Liverpool, uniforme branco, assim como em 1981... E o mais pesado a ser carregado já foi: a possibilidade de ficar pelo caminho nas semifinais e retornar com o carimbo de fracasso.

Agora, no entanto, o favoritismo colou nos Reds, o que significa um Flamengo bem "levinho", como já indicou Gabigol ao resumir a estadia em Doha. E esta decisão era o que todos aguardavam, sobretudo para que o futebol brasileiro, que não se apresentava em alto nível no continente há anos, tenha uma melhor noção da distância da elite europeia para o seu representante. 

O Brasil irá parar no sábado, a partir das 14h30 (de Brasília; 20h30 no horário local), e a "sede" acabará. Resta saber se o Flamengo irá explorar o copo meio cheio ou meio vazio, deixado no jogo diante do Al Hilal, para a finalíssima.

MEIO CHEIO

A história se repete. O time do Flamengo, além de ter uma qualidade técnica fora da curva, tem empilhado triunfos em jogos grandes, seja com placares elásticos ou viradas com cenário adverso, como diante do River Plate, na final da Libertadores, e contra os sauditas, na última terça-feira.

Jesus externou que a confiança em seus comandados se eleva com as tais vitórias de virada.

- Claro que dá (mais confiança no elenco). Já tínhamos passado por uma adversidade grande em Lima. O meu time sabe jogar em momentos decisivos - disse Jesus, na coletiva após vitória por 3 a 1 sobre o Al Hilal.

MEIO VAZIO

Já em relação ao copo meio vazio, ficou evidente que trata-se da vulnerabilidade defensiva apresentada pelo Flamengo nos dois jogos já citados. Tanto em Lima quanto na capital do Qatar, gols foram sofridos de maneira parecida, explorando jogadas no setor esquerdo defensivo do Flamengo, com a região próxima ao centro da área desguarnecida e alta intensidade na marcação da saída de bola dos brasileiros.

E é por aquele lado que circula o craque Salah, uma das principais armas dos Reds, além do ótimo lateral-direito Alexander-Arnold. É possível que Bruno Henrique fique mais rígido no posicionamento para colaborar melhor com Filipe Luís na fase defensiva. 

- Nosso lado esquerdo passou a ser vulnerável quando o Al Hilal criou superioridade numérica e criou espaços. Tivemos que alterar posicionamento para que a equipe fosse mais equilibrada. Quem não é equilibrado defensivamente, não sabe atacar - falou Jesus.

A FINAL É LOGO ALI

E falta pouco. Sem pressão, o Fla chega para a final podendo adoçar ainda mais 2019 e torná-lo, definitivamente, o mais saboroso de sua história. O fato é que a barriga já está cheia, independente do prisma sobre a capacidade do copo. 

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