Com o ‘OK do Ninho’ e o ‘não da Gávea’, Rafinha pode expor disputa interna da diretoria do Flamengo
No Ninho do Urubu, já havia a expectativa e o "OK" pelo retorno de Rafinha, contudo, o clube informou o fim da negociação por conta de questões financeiras, o que o lateral nega
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Ao rescindir com o Olymípiacos (GRE), em janeiro, Rafinha imediatamente se tornou pauta no Flamengo. Desde então, o lateral-direito não escondeu o desejo de voltar ao Ninho, deu prioridade ao clube e, ao longo de fevereiro, teve negociação avançada pelo seu retorno, que já contava com o "OK" do departamento de futebol. Contudo, o acordo não foi concretizado, com a diretoria, por meio de nota oficial, encerrando a tratativa por conta da impossibilidade financeira de realizar tal investimento no atual momento.
Desde então, Rafinha já se posicionou de forma contrária, afirmando que não foram as questões financeiras que impediram o acerto. Ao dizer que "alguns VPs ainda estão zangados" pelo maneira que deixou o clube em 2020 e prometendo explicar, em detalhes, o que impediu sua volta nesta segunda, o lateral pode expor a disputa política interna entre Ninho do Urubu e Gávea que persiste desde o início da última temporada, mas é negada pelos dirigentes.
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De lados opostos da briga política estão Marcos Braz VP de futebol e nome forte da pasta, que é presença frequente no Ninho do Urubu, ao lado dos jogadores, comissão técnica e demais funcionários do departamento de futebol, e Luiz Eduardo Baptista, o BAP, atual VP de Relações Externas e tido como braço direito do presidente Rodolfo Landim, pelo "grupo da Gávea", composto pelos VPs e conselheiros que participam mais ativamente da "vida administrativa e financeira" do clube, enquanto o outro toca o dia a dia no CT.
Ambos negam que tenham uma relação conflituosa além do que seria normal dentro de um clube, mas protagonizam disputas em decisões desde o ano de 2019, quando a gestão de Landim se iniciou. Em dezembro, uma nova eleição será realizada e, tanto Braz quanto Bap, apoiarão o atual mandatário no pleito.
O desligamento de Paulo Pelaipe, após a disputa do Mundial de Clubes, foi a primeira de uma série de situações que Braz e Bap disputaram "queda de braço". Nesse caso, o VP de futebol perdeu com a saída do gerente de futebol, um de seus homens de confiança no dia a dia no Ninho, e que deixou o clube após ter a continuidade acertada. Depois, Pelaipe afirmou ter faltado respeito.
A contratação de Abel Braga e a demissão do treinador, a definição do substituto de Jorge Jesus - Braz conseguiu o acerto com Domènec Torrent, enquanto Bap e outros membros da direção queriam o chegada de Miguel Àngel Ramírez -, a novela envolvendo a renovação de Diego Alves, entre outros, foram outras situações que expuseram o atrito latente entre o Ninho e a Gávea.
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