Confortável na zaga, Arão avalia troca de treinadores no Flamengo e projeta ‘final’ contra o Inter
Em entrevista ao canal TNT Sports, o camisa 5 do Rubro-Negro também falou sobre a mudança de posicionamento e a queda de produção da equipe após a saída de Jesus
Quando Flamengo e Internacional entrarem em campo no próximo domingo, todas as atenções estarão voltadas para o confronto que vale liderança do Brasileirão na penúltima rodada. E um dos personagens principais desse duelo será Willian Arão, um dos líderes do elenco rubro-negro. Nesta terça-feira, o atleta concedeu entrevista ao canal TNT Sports e falou sobre a expectativa do jogo decisivo.
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- Estou tranquilo. Eu jogo no Flamengo, estou habituado a grandes jogos, decisões e pressão constante. Eu me sinto honrado de poder participar de um jogo desse. Espero que a semana corra tudo bem, que não haja nenhuma lesão nos times, que seja um grande espetáculo e que vença o melhor - que seja nós no final.
No Flamengo desde 2016, Arão é o atleta mais longevo da equipe e ganhou destaque pela regularidade como volante. No entanto, nas últimas sete partidas, o torcedor passou a conhecer um "novo" Arão, agora como zagueiro, após um pedido de Rogério Ceni. Para o camisa 5, a mudança de posição não incomoda e o objetivo é sempre ajudar o clube rubro-negro.
- Eu sou volante de origem, minha formação é toda de volante e sempre joguei assim. Eu estou de zagueiro no momento, mas eu sou volante. O professor Rogério pediu para que eu pudesse desempenhar a função, ele achou que eu fui bem e que as minhas características ajudam mais o estilo de jogo dele. Tenho prazer em ajudar a equipe do Flamengo. Aonde quer que me coloquem, eu vou dar o meu melhor.
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Outro tema da entrevista foi a queda de produção do Flamengo após conquistar uma série de títulos no fim de 2019 e no início de 2020. Segundo o atleta, as trocas de treinadores - e de estilos de jogo - foram determinantes para a equipe não conseguir manter o domínio que tinha anteriormente.
- É difícil quando se tem um time encaixado e depois vem um treinador que muda completamente a maneira de enxergar o jogo. Do Jesus para o Dome era uma maneira totalmente diferente. Então, a gente perdeu muita coisa que o Jorge Jesus tinha deixado para nós de ensinamento. Depois, veio o Rogério com uma metodologia similar a dele. A gente tentou recuperar, mas é natural a oscilação também, porque nunca vai ser igual. E, nem por conta disso, a gente vai deixar de ganhar.
Perguntado se o Flamengo errou ao contratar Domènec Torrent, Willian Arão preferiu se esquivar e respondeu em tom bem humorado.
- Eu não sou presidente ou diretor do clube, sou jogador. Meu papel é estar lá e obedecer ao meu comandante, que é o treinador. Quem tem que responder isso é o presidente ou o vice-presidente.
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TRABALHO DE ROGÉRIO CENI E PRESSÃO EXTERNA
Eu vejo um estilo de trabalho muito bom. Tem pensamentos claros da maneira que ele quer jogar e entende o futebol. Cada um tem seu estilo de treino, uns usam mais curtos, uns usam mais longos, outros preferem mais elaborados. Ele tem essa mistura, que eu acho que é boa. E, como eu disse, nós estamos no Flamengo. Eu passei por tanta coisa nesse clube, que quase nada mais me surpreende. Então, que deixem falar. Estamos focados em ganhar.
MOTIVO DA OSCILAÇÃO DA EQUIPE
É muito simples. São pessoas diferentes, treinadores diferentes e com estilos diferentes. Futebol nada mais é que repetição. E quando mais você repete e faz aquilo, você se habitua e corrige os erros. Quando se tem uma troca, muda-se os treinamentos, a rotina, o esquema, os jogadores, a função. O jogador tem que saber se habituar a essas mudanças e responder. Então, essa oscilação é normal e natural.