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Da confusão no Fla-Flu à pane no Maracanã: A derrocada do Flamengo

Depois do clássico, Flamengo perdeu o equilíbrio na corrida pelo título e ficou para trás

Flamengo x Coritiba
imagem cameraFlamengo x Coritiba (Foto: Jorge Rodrigues/Eleven/Lancepress!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/11/2016
01:20
Atualizado em 21/11/2016
07:10

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O cheirinho acabou. O hepta não veio. O Flamengo completa mais uma temporada sem títulos. Não teve Maracanã nem força da torcida que resolvesse a vida do Flamengo dentro de campo neste Brasileirão. O sonho do título acabou de forma melancólica, contra o Coritiba. Mas este só foi o desfecho da história. Afinal, onde foi que o Flamengo errou nesta reta final?

- Tivemos nessas partidas momentos bons, mas não conseguimos ser regulares nos 90 minutos. Isso, para uma equipe que disputa o título, tem o preço.- analisou o técnico Zé Ricardo.

A derrocada do Flamengo no Brasileirão tem início curiosamente com uma vitória. Talvez tenha sido "praga de rival", porque depois de ter vencido o Fluminense naquele polêmico clássico em Volta Redonda, que teve interrupção de 13 minutos e suspeita tricolor de interferência externa, o Flamengo não conseguiu mais manter o ritmo na perseguição ao Palmeiras.

De imediato, o Rubro-Negro sofreu um "apagão" no Sul contra um desesperado Internacional. E pior, foi de virada. Rever abriu o placar, mas o time sucumbiu no segundo tempo. Apático, deu espaços a Eduardo Sasha e, principalmente, Vitinho. A distância para o Verdão, então de um ponto, passou para quatro.

O cheirinho ainda rondava as arquibancadas rubro-negras. A torcida, apesar do tropeço inesperado, ganhou mais um incentivo. Um grande aliado, pensava-se. Se o time fora tão bem peregrinando pelo Brasil, por que não cresceria jogando no Maracanã? O retorno foi em um duelo de gigantes, contra o Corinthians. Mas o dia de festa foi marcado mesmo pela pancadaria na arquibancada e por um Flamengo descuidado no primeiro tempo, levando gol cedo e só saindo com um empate porque a arbitragem validou gol impedido de Guerrero.

O choque de realidade começou a chegar. Ainda dava para sonhar com o título, mas o empate a duras penas com o Galo, em Belo Horizonte, no qual o Flamengo também levou virada e ao menos conseguiu sair sem a derrota, não foi o resultado ideal no momento.

A quarta partida sem vitória - o empate pouco inspirado com o Botafogo, no qual o time deu apenas uma finalização certa - custou até a vice-liderança, assumida por um emergente Santos. Mais uma frustração no Maracanã.

O time continuou jogando mal contra o América-MG, mas pelo menos escapou de tropeçar contra um time rebaixado Nixon, velho conhecido da Gávea, que perdeu uma chance cristalina de gol para o Coelho, deu contribuição.

A trinca de jogos em 2016 no Maracanã foi neste domingo, contra o Coritiba. Com poucas rodadas para tentar uma milagrosa reação, o Flamengo até abriu 2 a 0. Mas as falhas defensivas e falta de precisão ofensiva foram fatais. Desatenção nos dois tempos. Gols tanto aos 42 do primeiro tempo quanto aos 42 do segundo tempo. Frustração total. Novo tropeço, que fez o Flamengo se despedir de vez da busca pelo troféu.

Agora, resta provar que não é "time sem vergonha", como gritou a torcida após o apito final no Maracanã. Ficar fora da fase de grupos da Libertadores, depois de toda a trajetória no Brasileirão, seria um mico que nem o mais equilibrado financeiramente dos clubes estaria disposto a pagar.

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