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Derrota expõe dificuldade do Fla em ‘mudar a cara’ do jogo após sair atrás

Opções de Maurício Barbieri não surtem o efeito esperado e Flamengo perde para o Cruzeiro sem criar grandes problemas ao rival. Cenário similar à outras derrotas pós-Copa

Flamengo x Cruzeiro
imagem cameraDesolação rubro-negra após um dos gols do Cruzeiro no Maracanã (Foto: Andre Melo Andrade/Eleven)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/08/2018
23:49
Atualizado em 09/08/2018
05:30

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A derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, em pleno Maracanã, fez mais do que deixar o Flamengo em situação complicada nas oitavas de final da Libertadores: expôs a dificuldade do time ao se deparar em desvantagem no placar e diante de um adversário bem organizado. Já havia sido assim contra o São Paulo e o Grêmio - contra os paulistas, derrota por 1 a 0, no Rio, pelo Brasileiro. Contra os gaúchos, o gol de Lincoln garantiu o empate em 1 a 1, na Arena, pela Copa do Brasil..

​Na quarta, o Cruzeiro impôs dificuldades ao Flamengo desde o apito inicial. A marcação alta do rival dificultou a saída de bola - já prejudicada pela ausência de Lucas Paquetá - e resultou no gol de De Arrascaeta, ainda no início do jogo. A equipe de Barbieri demorou para encontrar-se, mas foi para o intervalo em cima do adversário. As chances de gol, porém, se resumiram às bolas alçadas na área de Fábio, que impediu duas vezes Uribe de comemorar o empate.

​O Cruzeiro voltou com a mesma formação e postura do intervalo. O time de Mano Menezes estava confortável em aguardar o Flamengo e a oportunidade de contra-atacar. Do outro lado, o Rubro-Negro manteve o jogo de posse de bola, sem se desorganizar, mas o cruzamento voltou a ser a única alternativa da equipe, cujo atacantes não vivem um a “lua de mel” com a rede adversária. 

No total, foram 36 cruzamentos do Flamengo, além de 36 lançamentos, os quais resultaram em apenas cinco finalizações certas. O mesmo número do Cruzeiro que, por exemplo, teve 38% de posse de bola e cruzou 16 vezes.

As opções ofensivas de Barbieri - Vitinho e Lincoln no lugares de Jean Lucas e Marlos Moreno, respectivamente - até mudaram a disposição tática do time, que passou a ter dois homens de referência, Vitinho aberto na esquerda e Everton Ribeiro deslocado para a faixa central do campo. Porém, a forma de atuar seguiu a mesma. O Cruzeiro, por sua vez, seguiu confortável e, no fim, teve duas chances claras - o goleiro Diego Alves evitou um prejuízo ainda maior.

Até maio, cabia a Vinícius Jr a responsabilidade e "entrar e mudar" a cara do jogo a favor do Flamengo. Quando Everton foi vendido ao São Paulo, o jovem assumiu a titularidade e, em junho, despediu-se do clube da Gávea. Hoje está no Real Madrid, da Espanha, e a vaga pela esquerda é de Marlos Moreno.

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