Na retomada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo perdeu para o São Paulo em casa, mas o discurso passa longe do "terra arrasada". Ao menos, o goleiro Diego Alves demonstrou que o elenco confia plenamente no trabalho que vem sendo realizado e mantém a tranquilidade para que os resultados positivos sejam conquistados daqui para frente,
O camisa 1 lembrou que o time rubro-negro teve, apesar do resultado, uma postura igual a que vinha tendo antes da paralisação do Campeonato Brasileiro - por conta da Copa do Mundo - e que o levou à liderança da competição. Além disso, apontou que os jogadores que tiveram oportunidade, deram conta do recado e terão, assim como os outros, de passar por um período de adaptação.
- Eu não concordo quando se fala que tem de jogar diferente. Mesmo porque, a tática é a mesma. Pode ser que o que diferença esteja na característica individual de cada jogador. Temos jogadores rápidos também. Vinicius usava a improvisação, uma habilidade que ele tem. Mas lembro que o Vinicius, quando começou, teve período de adaptação. Mas em termos táticos, a formação é a mesma. Claro que vai muito do resultado. Quando se perde, se procura sempre algum tipo de informação ou coisa que possa estar dando errado. A única coisa que vejo diferente é a individualidade, mas temos jogadores que podem dar a profundidade que o Mauricio (Barbieri) busca - garantiu.
Ao ser questionado sobre possíveis erros defensivos, Diego Alves, um dos líderes do elenco, descartou que haja falhas graves na composição do setor do Flamengo e ressaltou que o elenco sabe do que pode render no decorrer do ano.
- Não vejo tantos desajustes quanto estão comentando. Lógico que perdemos o jogo e tem de corrigir alguns erros. Até porque, o tempo, agora, é curto. Não tem período longo de treino, mas a maneira tática está igual. Talvez, houve um pouco mais de ansiedade neste jogo, até pela volta. Esperamos voltar à normalidade no aspecto físico e mental. Em termos táticos, acho que o time se portou bem. Em nenhum momento nos omitimos de atacar. Só que encontramos um time que veio disposto a jogar no contra-ataque. Em alguma hora do jogo, vai ter ataque rival, mas estamos conscientes. Sabemos o que vem pela frente e o que podemos render. A tranquilidade existe - afirmou.
Para o clássico deste sábado, o Flamengo não poderá contar com Everton Ribeiro, suspenso.
- Sempre quando se perde jogadores do nível do Everton, lógico que é uma perda importante. Mas, em jogos passados, tivemos perdas importantes e suprimos da melhor maneira. Maurício vai trabalhar para fazer com que o time consiga um bom resultado no sábado - disse.
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Conversou com Uribe após estreia?
Não conversei com o Uribe sobre isso. Cada jogador tem seu tempo. Conversamos na ida para o jogo, de como era o ambiente e jogar no Flamengo. Uma pena que ele não pôde estrear com gol, mas vai ser um jogador importantíssimo para a gente. Tem características de fazer gol sempre, sempre bem posicionado. Vai somar bastante para a gente no decorrer do campeonato.
Dificuldade com time no contra-ataque?
Enfrentamos times com bastante força no contra-ataque na Libertadores. Se não me engano, o Santa Fé que jogava assim. Jogamos com uma formação de zaga com Réver e Juan. O São Paulo soube usar bem essa arma. Tem jogadores com características importantes. É difícil planejar marcar contra-ataque em um escanteio, a não ser que a bola sobre para o nosso time e que a gente possa montar outra vez jogada de perigo. Mas se rebote fica com adversário, não tem outra maneira que não correr para trás. São Paulo conseguiu encaixar, mas não vi o time exposto dessa maneira. Fiz uma defesa no jogo. Acredito que, no coletivo e no geral, tivemos mais volume e controle.
Se perder clássico e São Paulo ganhar...
Podemos ganhar e voltar com a pontuação de antes. Isso depende muito da rodada. Não podemos pensar somente no "se perder". Temos de manter da mensa maneira. Sempre falamos que seria difícil. Com o passar dos jogos, as equipes vão se reformulando, contratando, a competição vai ficando mais estreita e a gente sabe q todo jogo é difícil. Não pode planejar pensando na derrota somente. Acredito que possamos ganhar. São Paulo tem jogo difícil, Atlético-MG também. Vamos fazer de tudo para manter o nível. Derrotas e vitórias acontecem. Temos de ter confiança no trabalho e manter a tranquilidade. Objetivo não é agora, é lá na frente.
Jogadores que estão tendo chance
Todo jogador tem seu momento de adaptação. Uma coisa é você treinar e outra é jogar. Quando o Vinicius, no começo, houve período de adaptação, o Paquetá, o Léo (Duarte)... Vários jogadores. Esses jogadores vão ter. Vamos fazer de tudo para isso ser o mais rápido possível. A gente observa, nos treinamentos, que o rendimento é positivo. Tanto do Marlos, Uribe... Esses jogadores que estão tendo oportunidade de jogar.
Conversou muito no começo do jogo do São Paulo. Está mais a vontade?
Sempre fui assim, independentemente do tempo. Claro que ,com o passar do tempo, vai tendo mais o respeito e confiança de todos, mas sempre tive isso. É importante essa comunicação. As vezes, em um jogo, o mais importante é a comunicação.
Clássico com o Botafogo
A importância tem de ser dada a todos times. Não tem margem de erro. Temos uma pequena vantagem. Clássico mexe bastante com a emoção do torcedor. Vamos pensar neste primeiro jogo. Botafogo é um time difícil. Contra o Corinthians, apesar da derrota, fizeram um trabalho bom. Vamos fazer de tudo para render e conquistar esses três pontos.
Pressão maior com distância menor na liderança?
A pressão existe desde a época que a diferença era maior. Pressão existe no campeonato todo.
Entra em campo pensando em liderança?
A gente entra sempre para ganhar. Se não é líder, tem de ganhar de toda a maneira. Vários times queriam estar na situação do Flamengo hoje. Vamos continuar trabalhando para manter isso.