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Diego analisa passagem da camisa 10 do Flamengo para Gabi e revela se irá ao Mundial

Meia concedeu sua última entrevista coletiva como jogador neste sábado, logo após o duelo diante do Avaí, pelo Brasileirão

Flamengo x Avaí - Gabigol e Diego Ribas
imagem cameraMeia se despediu dos gramados neste sábado (Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 12/11/2022
19:52
Atualizado em 12/11/2022
22:53

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O Flamengo perdeu para o Avaí por 2 a 1, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar da derrota, nada poderia apagar as despedidas de Diego Ribas e Diego Alves do clube. Ovacionados durante a partida, eles concederam coletiva de imprensa após a partida, e o meia analisou a passagem da 10 para Gabi e falou sobre o Mundial. 

Primeiro, Diego explicou que o "rito de passagem" da camisa 10 do Flamengo foi bastante tranquilo. Para o agora ex-jogador, Gabigol é digno e está à altura do tamanho da numeração, que já passou por grandes craques, como Zico. 

- A vida é isso. Nós vamos vivendo e passamos para os próximos. Fui privilegiado de viver o que vivi com a camisa 10 do Flamengo. Inspira muito a camisa do Zico. O Gabi vai representá-la de forma maravilhosa. O gesto é por tudo que acredito - disse, antes de completar: 

- Temos que focar nas pessoas, foi o que fiz, sabendo que o momento iria chegar. É o momento dele com a camisa 10, está na história do clube e gosta de desafios. Foi um gesto de seja feliz e receba tudo de bom que posso passar. Que sinta o mesmo prazer que senti ao vesti-la - completou. 

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Depois, falou sobre uma questão importante no clube: o Mundial de Clubes. Diego revelou que deve estar com a delegação na competição mais importante da próxima temporada, mesmo que não esteja mais no elenco. 

- Vou estar. Já falei com o presidente, quero estar e ele aprovou. Me sinto parte disso, quero estar ali, entregar o troféu na mão dos jogadores. Refleti sobre isso, mas seria uma questão de demarcar território do que viver de maneira desafiadora, como vivo. Cheguei com a missão de levar o clube para a Libertadores, em 2016, e hoje saio com os títulos no peito - finalizou. 

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Agora, Diego começa a olhar para os próximos passos da carreira. Segundo o atleta, o momento é de curtir com a família e projetar a sequência da vida. 

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SENSAÇÃO DA DESPEDIDA

- Não vou conseguir transmitir em palavras o que vivi hoje. Realização de um sonho em cada detalhe. Sonhei e se concretizou. Me preocupei, tive dificuldades, mas fica a certeza de que cada esforço valeu a pena, que cada escolha eu faria de novo. Reconhecimento da torcida, jogadores, comissão, Tudo o que ouvi foram declarações muito fortes. Não tem faixa, camisa... Fica a pessoa. Estou feliz com isso. Me mantive fiel aos meus valores e fazer a coisa certa nem sempre é fácil. Quero aproveitar tudo isso. Vou falar muitas vezes de gratidão. Obrigado a todos.

DECISÃO PELA APOSENTADORIA

- Tive algumas propostas do Brasil, algumas se tornaram públicas, tive propostas de fora. Mas vivo de entusiasmo, de paixão. Quando renovei, tinha decidido que seria o último ano com o Flamengo, e me dei esses meses para ver se surgiria algo que me enchesse os olhos. Nesse período, não despertou aquela paixão. Portanto, eu não seria correto, poderia ir para viver e deixar mais um ano passar, mas não sou assim. Se não estou sentindo isso, é a hora de parar. Fisicamente estou muito bem, mais de 40 jogos e nenhuma lesão, mas a sensação não veio. Essa foi a resposta que tomei após alguns meses. É uma situação difícil, o momento de me desligar como atleta é muito forte, mas tomei a decisão e agora vou seguir para um novo ciclo.

FLAMENGO

- A decisão de ser no Flamengo foi a questão que é um clube que me completou em todos aspectos. Entusiasmo, paixão, desafios. Me entregou tudo isso. Vivi tudo que sonhei, por isso a decisão. Me identifiquei, eu amo esse clube, vesti os meus filhos, são flamenguistas, se emocionam. Vamos viver no Rio. Tudo isso me levou a dar esse ponto final no Flamengo.

DESLIGAR DO FUTEBOL

- Isso faz parte da minha vida, não consigo ser diferente. Acredito que nesse novo ciclo vou fazer isso. O futebol faz parte da minha vida e faço questão disso. Palestrar pelo Brasil e pelo mundo, a escola que fundei, tudo vai na linha de dar sentido para tudo que vivi e agregar às vidas das pessoas. O futebol, a liderança, as dificuldades, a comunicação, tudo que vivi, quero alcançar pessoas. Sempre estarei à disposição do Flamengo. Não quero ficar no dia a dia do futebol, viagens, mas sempre estarei à disposição. Da forma que eu puder, vou contribuir.

FASES DA CARREIRA

- Sempre que falo do Santos eu falo... Clube que faz parte da minha história. Só tenho a agradecer a tudo que vivi, um garoto cheio de sonhos, a morar no alojamento, fui bem recebido, conheci minha esposa. O Santos faz parte da minha história e tenho muito orgulho disso. Não sei os próximos passos, mas é um clube que no que eu puder agradecer, em transformar em atitude, vou fazer.

- Na Europa eu fui para vencer e venci, me desenvolvi, um pedaço de cada cultura, meus filhos nasceram. Seleção sonho de garoto, venci dois títulos incríveis e o Flamengo completa uma carreira cheia de desafios, aprendizados. Só tenho a agradecer a cada etapa, a cada pessoa que participou disso. E agora viver essa nova etapa.

FARIA ALGO DIFERENTE

- Não fui apenas vice no Flamengo, fui muitas vezes na minha história. No Mundial, no Alemão, na Champions... Muitas vezes. Nenhum me fez desistir. 2016 cheguei com um sonho, 2017 e 2018 não conquistamos, recebi críticas, protestos, propostas atrativas e não perdi a esperança e vontade de conquistar. São 12 título, superou a minha expectativa. Somos um grupo vencedor. Não faria nada diferente. Se me dessem a possibilidade de voltar, eu não voltaria. Poderia ser melhor, mas poderia ser muito pior. Deu certo. Alcancei a maioria dos meus sonhos e objetivos. Disputar a Copa era um e não alcancei, mas fiz tudo para isso. Entreguei tudo o que podia, não desisti. Eu não faria nada diferente. Nunca errei por omissão, talvez, em alguns momentos, tenha exposto demais, mas faz parte da minha vida. Valeu a pena, nem sempre venci o debate, mas ganhei as pessoas. Eu fiz o que tinha que fazer. Foram muitos erros, muitos acertos, mas sempre com vontade de seguir em frente. Isso me conforta e foi uma trajetória autêntica.

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