Diego se reinventa e reescreve sua própria história no Flamengo
Segundo jogador mais longevo do elenco, atrás somente de Willian Arão, Diego se adaptou, superou os questionamentos e, com títulos e liderança, cravou o nome na história do clube
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Quase duas décadas separam as conquistas de um mesmo Diego, um jovem revelado pelo Santos, em 2002 e 2004, e o experiente camisa 10 do Flamengo, que repetiu o feito e conquistou o bicampeonato brasileiro em 2019 e 2020. No intervalo, o meia acumulou conquistas e passagens de sucesso pela Seleção e clubes europeus, mas foi no Ninho, nas últimas duas temporadas, que precisou se reinventar, aos 35 anos, para marcar seu nome na história do time da Gávea.
- Há quase 20 anos, com o Santos, eu fui campeão nesse estádio com 17 anos. Hoje, em posição diferente, pelo Flamengo, volto a ser campeão de um jeito muito emocionante. O que significa é a constância e força para se reinventar. Mais um título na prateleira - disse, ainda no gramado do Morumbi, à TV Globo.
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Prestes a completar 36 anos, Diego é um dos atletas mais velhos do elenco principal do Flamengo. Ao lado de Willian Arão, é, também, quem tem mais tempo de casa, ambos contratados em 2016. Tecnicamente, Diego mostrou como poderia ser útil ao time logo de cara, tendo um bom início pelo clube.
Em 2017 e 2018, alguns problemas físicos e atuações discretas em grandes jogos, aliados aos resultados coletivos abaixo do esperado, tornaram Diego alvo de críticas e questionamentos por parte dos torcedores e da imprensa.
Nada disso impediu que o camisa 10 sempre se colocasse como um líder - dentro e fora de campo - e, a partir de 2019, os resultados vieram. São sete títulos em duas temporadas, alguns com participação decisiva de Diego, como na decisão da Copa Libertadores e na reta final deste Campeonato Brasileiro.
Com Jorge Jesus, em 2019, o meia superou uma grave lesão no joelho direito, e, saindo do banco, entrou para a história ao dar o lançamento para Gabriel Barbosa virar a decisão contra o River Plate, em Lima, já nos acréscimos. Em 2020/21, encarou o desafio de atuar em uma nova função na equipe, ao lado de Gerson, a partir da ida de Willian Arão para a zaga. A aposta de Ceni - arriscada, por sinal - deu resultado, e coincidiu com a arrancada rubro-negra.
Se já teve sua liderança e importância dentro do clube questionada, Diego, com os dois títulos do Campeonato Brasileiro e dois estaduais, da Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e da Libertadores, está, sem dúvidas, com o nome cravado na história do clube da Gávea - e de forma muito positiva.
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