Dirigente do Flamengo realça desejo pela volta do público: ‘Covid é um processo natural que todos vamos ter’
Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, também comentou: 'Quem vai ao shopping está fazendo o teste PCR 48 horas antes? Quem tem ido aos estádios está sendo testado'
O Flamengo é um dos clubes no Brasil mais ativos nos bastidores para que o público retorne aos estádios. E, nesta quinta-feira, o vice-presidente de Relações Externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, deu uma declaração a respeito da pandemia da Covid-19 e justificou o porquê considera válido que as torcidas voltem aos estádios com 30% da capacidade máxima, por exemplo. E também falou que "vacina é uma garantia de que a pessoa não vai contrair o vírus":
- O Flamengo é a favor da volta do público aos estádios. Covid não se pega somente em estádio de futebol. Eu entendo que a Covid é um processo natural que todos nós vamos ter. A vacina não é uma garantia de que a pessoa não vai contrair o vírus - disse BAP, em entrevista ao canal Venê Casagrande.
- No Brasil de hoje em dia, você pode fazer praticamente tudo novamente. Você vê ruas engarrafadas, bares lotados, shoppings com uma porção de gente andando sem máscara, tempos religiosos cheios... enfim, a vida, de uma forma ou de outra, está se normalizando - emendou.
BAP alicerçou o seu comentário em prol do retorno do público aos jogos ao falar dos riscos que as pessoas correm ao frequentar shoppings.
- O único lugar que continua não podendo ter público nenhum é o estádio de futebol. Vamos comparar com o shopping: o shopping é fechado, tem ar condicionado e a gente não sabe se aquele ar é reciclado... eu acho que não é. Você fica em um shopping raramente menos de uma hora. O que se diz é que em um ambiente fechado, 15 ou 20 minutos é o suficiente para você estar contaminado. No entanto, está liberado. Porque um estádio de futebol (com capacidade) entre 50 e 70 mil pessoas você não pode colocar 20 ou 30% da capacidade?
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- Não existe nenhuma informação técnica que se oponha a isso. É uma decisão política. Se fosse o contrário, não poderíamos estar em nenhum desses outros lugares com aglomerações muito mais claras.
- Se você achar: "Ah, o cara indo no estádio vai pegar Covid". Mas no shopping ele não pega? No transporte coletivo não pega? Quando a gente olha os transportes todos os dias, em ônibus e trens, e quando você fala em defender vidas, isso é uma vergonha. Então nós entendemos que no estádio de futebol, você poderia perfeitamente ter um retorno com 30% do público, com afastamento maior do que determina-se para shoppings. Seria absolutamente possível. Quem vai ao shopping está fazendo o teste PCR 48 horas antes? Quem tem ido aos estádios está sendo testado anteriormente - finalizou o dirigente rubro-negro.