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Os desdobramentos nas esferas cível e judicial da tragédia do Ninho, que completa dois anos sem explicações

Há dois anos, em 8 de fevereiro de 2019, incêndio atingiu o alojamento das divisões de base do Flamengo e vitimou 10 jovens. Apesar de alguns avanços, poucas respostas foram dadas

Incêndio Ninho do Urubu
imagem cameraTorcedores se solidarizam com as famílias da vítimas após o incêndio no CT do Flamengo (Adriano Fontes/ AMPress)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 04/02/2021
17:26
Atualizado em 08/02/2021
07:52

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O incêndio no Ninho do Urubu, a maior tragédia envolvendo futebol no Rio de Janeiro, completa dois anos nesta segunda-feira, dia 8 de fevereiro. Na ocasião, 26 meninos das categorias de base do Flamengo dormiam nos alojamentos do CT do clube, em Vargem Grande, Zona Oeste da cidade. Dez morreram e três ficaram feridos. E os desdobramentos da tragédia decorrem paulatinamente.

Os desdobramentos ainda correm nas esferas cível e judicial, e a ferida segue longe de cicatrizar. A postura rígida na condução do caso, no trato com as famílias e nos seguidos recursos na Justiça - a fim de diminuir o valor das pensões pagas às famílias, por exemplo - fez da diretoria um alvo frequente de críticas por parte de torcedores, da imprensa e dos próprios familiares ao longo dos últimos 24 meses, nos quais poucas explicações foram dadas pelo clube e pelas demais instituições responsáveis, como Polícia Civil e Ministério Público.

INDENIZAÇÕES E RECURSOS NA JUSTIÇA

A principal crítica sofrida pelo Flamengo neste período foi a respeito das indenizações às famílias. Hoje, o clube já está em acordo com os 16 sobreviventes e "oito famílias e meia" das 10 vítimas fatais, conforme publicado em nota oficial publicada em 23 de dezembro. Restam os acordos com a mãe de Rykelmo e com os pais de Christian Esmério. O advogado da família e o VP Rodrigo Dunshee tem versões diferentes sobre o atual status das conversas.

ESFERA CRIMINAL

Em janeiro, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo (2013-2018), e outras dez pessoas, pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados morte e lesão grave - denúncia aceita pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 20 de janeiro.

A denúncia do MPRJ foi sustentada pelo inquérito apresentado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e também com as informações colhidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Alerj. O deputado Alexandre Knoploch (PSL), presidente da CPI dos Incêndios, explicou como foi a colaboração com o MP em entrevista ao LANCE!.

O incêndio que atingiu o alojamento das divisões de base do Flamengo, em 8 de fevereiro de 2019, no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu vitimou Athila Paixão (14), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15), Vitor Isaías (15) e Christian Esmério (15).

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