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Equilíbrio entre os setores e rodagem internacional: os trunfos do Flamengo

Em sua terceira edição consecutiva da Copa Libertadores, o Rubro-Negro, comandado pelo vitorioso Abel Braga, conta com atletas acostumados a jogar a competição 

Cuéllar
Cuéllar é um dos principais atletas do Flamengo para a temporada (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

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As participações recentes do Flamengo na Libertadores não foram como aguardadas: queda na fase de grupos de 2017, eliminação nas oitavas em 2018. As experiências servem de lição para o elenco - mantido em boa parte para a atual temporada - e, aliadas às chegadas de reforços e do técnico Abel Braga, criam no clube a expectativa de uma campanha vitoriosa nesta edição da Copa.

Campeão em 2006 pelo Internacional, Abelão chegou para comandar o time e, logo após seu acerto, deu declarações de que a Libertadores é o seu grande objetivo. A diretoria e, principalmente, os torcedores, compartilham o desejo.

Na Gávea, o treinador encontrou um elenco calejado pelos fracassos nas últimas temporadas - como Diego, Léo Duarte e Arão - e com experiência internacional, com nomes como Diego Alves, Vitinho e Everton Ribeiro.

Além disso, o Flamengo conta com estrangeiros selecionáveis: o peruano Trauco, o paraguaio Piris, o uruguaio Arrascaeta e os colombianos Berrío, Cuéllar e Uribe estão inscritos na Libertadores e boa parte deles defende as respectivas equipes nacionais. O volante Cuéllar destacou a ajuda dos gringos.

- A gente dá um feedback para eles como são os jogos fora, como na altitude. A gente ajuda explicando esses aspectos. São pequenos detalhes, mas no final fazem a diferença. Tem sido muito importante aqui. O pessoal que estava fora pode ajudar os brasileiros em partidas pela América e isso é muito importante para conquistar o objetivo no final do ano - afirmou o camisa 8, xodó da Nação.

Rodrigo Caio disputou três Copas pelo São Paulo, chegando às semifinais em 2016. Arrascaeta, por sua vez, já disputou o torneio pelo Cruzeiro, em 2015 e 2018 - caindo duas vezes nas quartas de final, para River Plate e Boca Juniors -, e pelo Defensor, do Uruguai, em 2014, quando destacou-se. São 32 atuações do meia na Libertadores, com seis gols marcados. Pela Raposa, o uruguaio marcou um gol contra o Flamengo, no Rio, pelas oitavas no ano passado.

Já Bruno Henrique e Gabigol trouxeram o entrosamento de Santos, clube pelo qual atuaram juntos na Libertadores de 2018. O início da dupla não poderia estar sendo melhor na Gávea. Afinal, o primeiro deu a assistência para o segundo marcar o gol da vitória diante do San José, em Oruro, na estreia.

O zagueiro Rodrigo Caio destacou o entrosamento e fez elogios à dupla.

- Terem jogado juntos favorece bastante, eles se conhecem muito bem. Gabigol é mais de área, o Bruno mais de escape, mais força da jogada individual. Quando o Bruno parte para cima, o Gabriel já sabe o que fazer. Todos nomes da nossa frente são muito fortes, podem decidir a qualquer momento e isso nos deixa muito bem. Quem não começa jogando também tem sua qualidade. Nos ajudam a conquistar os resultados positivos e isso é o mais importante - disse o camisa 3, antes de comentar o equilibro que a equipe está buscando:

- Nosso time é muito ofensivo, mas também estamos crescendo na questão do equilíbrio. Time campeão precisa ter isso, estamos crescendo nesse ponto. Na Libertadores, os rivais esperam o erro, o detalhes para aproveitar e precisamos estar atentos. Sabemos o que fazer, termos a bola nos pés para não corrermos riscos, procurar as melhores opções para conseguir o resultado que queremos.

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