A jornada quase solitária do Flamengo pelo retorno do público em seus jogos como mandante sofreu um grande baque. Os outros 19 clubes da Série A e a CBF se reuniram ontem e chegaram a um consenso de que as torcidas não devem ser liberadas enquanto todas as cidades não receberem o aval das autoridades públicas.
E mais: os clubes anunciaram ainda que vão recorrer contra a liminar concedida pelo STJD ao Rubro-Negro, permitindo a presença do público em suas partidas. O Grêmio foi além e afirmou que não entrará em campo contra o Flamengo pela Copa do Brasil caso a liminar não seja derrubada.
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É inegável o prejuízo financeiro sem as receitas de bilheteria, mas o Flamengo erra ao transformar esta discussão em uma missão particular, buscando brechas para que ao menos garanta suas arquibancadas cheias novamente.
O ato desprovido de bom senso atrapalha também os planos da criação de uma liga, independente da CBF, alardeada para a próxima temporada, mas que ainda não passa de um esboço de projeto.
Horas depois da revolta dos seus pares, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, disse ao SporTV que o clube está "jogando dentro da regra", como se a posição contrária de todos os clubes fosse algo menor.
Soberano dentro de campo nas últimas temporadas, o Flamengo vem se esforçando também para se tornar o time mais desprovido de sensibilidade com o cenário atual do Brasil. Farinha pouca, meu pirão primeiro. Egoísmo em outro patamar.
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