Flamengo no Mundial: Trajeto para o estádio no Marrocos tem dificuldade para o torcedor
Acesso ao estádio da abertura do Mundial de Clubes mostra que rubro-negro que vai assistir à semifinal precisa se planejar muito bem<br>
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Marrocos é logo ali. No caso, aqui, de onde escrevo. Já o estádio de Tânger parece bem mais distante do que a contagem regressiva de seis dias para a estreia do Flamengo no Mundial de Clubes, no dia 7 de fevereiro, às 16h, contra Wydad Casablanca (MAR) ou Al Hilal (ARS).
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O Ibn Batouta Stadium fica a cerca de 9 quilômetros do centro da cidade, da estação de trem Tanger Ville, mesma região onde está a maioria das boas opções de hotéis. O trajeto que seria feito em cerca de 15 minutos em condições normais de trânsito pode levar o torcedor, que vai acompanhar o Flamengo no Marrocos, a perder muito mais do que o apito inicial da semifinal.
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Se este que vos escreve não tivesse ido para o estádio em ônibus credenciado pela Fifa e escoltado por um bravo batedor da polícia local que abriu caminho pela contramão, muito provavelmente teria chegado por volta do intervalo do jogo. Fila incontável de carros praticamente parados na via, entre calçadas cheias dos que preferiram ir como pedestres, dividindo espaço com motocicletas - sim, veículos de duas rodas transitando acima do meio-fio. Buzinas e sirenes como trilha sonora. Cenário do caos.
O rubro-negro que estiver onde o time estará depois da despedida contra o Boavista, na noite de quarta no Maracanã, e o Aerofla, nesta quinta pelo Rio de Janeiro, vai precisar se prevenir. Ir o mais cedo possível para o estádio é o básico, bem antes do horário previsto para a abertura dos portões. No jogo de abertura, marcado para 20h (local), mesmo horário da semifinal do Flamengo, os torcedores foram liberados para entrar às 17h (local). Ocuparam 47.137 dos 65 mil lugares do ampliado Ibn Batouta.
Como ir ao estádio é outra questão. O transporte público não é aconselhável. Não há opção de metrô. E os ônibus de linha regular são, digamos, mais complicados. Melhor não entrar muito nesse mérito para não ter que usar aquele palíndromo: Socorram-me, Subi No Ônibus Em Marrocos. Creiam, melhor não.
Na quarta-feira passada, o governo local até liberou passagem de graça para quem tivesse ingresso, com pontos de partida dos supermercados Marjane e Aswak Assalam. Mas, certas coisas, nem sem pagar. Até porque, o desembolso de 5 dirham, cerca de R$ 2,50, não pesa tanto assim para quem vai para uma viagem dessas.
Não existe serviço de carros por aplicativo no Marrocos. Táxis têm o preço variável, a combinar antes da corrida, e frequentemente viram lotação pelo caminho - os motoristas podem pegar outros passageiros no trajeto.
Serviços de transfer que levam e buscam em pontos de encontros parecem ser a melhor opção. Mas é preciso se precaver. Além de sair com antecedência, para não ter que abandonar o transporte no meio do engarrafamento para ir andando mais rápido, é melhor marcar a volta em lugar onde o fluxo de carros seja menos intenso. E pesquisar, porque o preço por pessoa pode chegar a até o dobro do ingresso mais caro do jogo, de R$ 100.
Quem ainda não conseguiu hospedagem em Tânger tem pelo menos uma boa novidade: pode até cogitar fazer bate-volta. A ONFC anunciou nesta semana um reforço na linha ferroviária entre as principais cidades do país e as sedes do Mundial de Clubes, entre 1 e 13 de fevereiro. No dia da semifinal do Flamengo, foram programados trens extras saindo de Tânger, às 23h e 23h30. Será possível, por exemplo, ir para Rabat, dormir onde o Real Madrid disputa a outra vaga na decisão no dia seguinte e sonhar bastante com o bi mundial.
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