Familiares dos jovens que sobreviveram ao incêndio que atingiu o alojamento das divisões de base do Flamengo no Ninho, em 8 de fevereiro, reivindicam uma reunião com o Ministério Público do Rio de Janeiro. O pedido é em função de uma determinação do MP, que, segundo às famílias, ordenou a presença de um responsável na cidade para que os filhos sigam a rotina de treinos do clube.
A informação foi publicada pelo canal “Paparazzo Rubro-Negro” e confirmada pelo LANCE!. Ainda não há confirmação de que as famílias serão atendidas.
Jovens de 14 a 17 anos retomaram os treinos no Flamengo nesta semana após o incêndio. O clube da Gávea convidou e hospedou os familiares dos garotos de fora do Rio de Janeiro em um hotel na Zona Oeste do Rio, até para apresentar a estrutura do CT que passará a atender as categorias de base.
Contudo, de acordo com as famílias, o MP exige a permanência deles na cidade para que os atletas possam seguir a rotina de treinos do clube da Gávea. A justificativa para a determinação é uma das dúvidas dos familiares dos jovens.
A reivindicação dos familiares é de que os filhos possam permanecer no Rio sem a presença deles, uma vez que eles têm outros compromissos - como empregos - nas cidades natais e estão dispostos a autorizar os filhos a ficar.
A maioria dos sobreviventes do incêndio são de fora do Rio de Janeiro. Caso a situação não se resolva, os pais cogitam levar os filhos de volta para suas respectivas cidades pela necessidade de "tocar a vida", mesmo sendo a vontade e o desejo dos filhos continuar treinando e defendendo o Flamengo.
Por decisão da Justiça, está proibida a entrada e permanência de crianças e adolescentes no Centro de Treinamento George Helal, em Vargem Grande.
13 atletas sobreviveram sem ferimentos ao incêndio, enquanto outros três precisaram ser internados. Cauan Emanuel e Francisco Dyogo receberam altas médicas no fim de fevereiro e seus pais estão participando destas tratativas.
No caso de Jhonata Ventura, ainda internado no Hospital Vitória, o foco segue na recuperação total do jovem jogador, que teve 30% do corpo queimado, mas está recuperando-se bem, já caminha sem dificuldades e tem quadro estável.
Com as famílias das 10 vítimas fatais, o Flamengo negocia caso a caso desde o fim do processo mediação junto ao Ministério Público e Defensoria Pública. A direção tem acordo encaminhado com uma família e os valores e condições são mantidos em sigilo pela privacidade e segurança das mesmas.