A cúpula do Flamengo havia começado a preparar, na última segunda-feira, o valor das indenizações das vítimas no incêndio no CT Ninho do Urubu de acordo com a projeção de carreira de cada um dos atletas. Nesta terça-feira, porém, o Ministério Público divulgou que não chegou em uma conclusão definitiva com o Rubro-Negro sobre esses valores.
Em nota, o Ministério Público Estadual, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, divulgaram que os valores não foram aceitos porque não condiziam com um número que os órgãos acreditavam como justos para as famílias das dez vítimas fatais e as de outros jogadores que sofreram algum tipo de lesão.
As partes discutem sobre esses valores desde o início da semana. A ideia do Ministério Público era apresentar os números das indenizações às famílias em uma reunião na próxima quinta-feira, o que, consequentemente, não será possível. Dessa forma, o MP vai orientar os familiares sobre recomendações nessa nova situação do caso.
Confira a nota divulgada pelos três órgãos:
"A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho informam que, esgotadas todas as tentativas de negociação, o Clube de Regatas do Flamengo recusou-se a celebrar um acordo de reparação às vítimas do incêndio ocorrido no Centro de Treinamento Ninho do Urubu com as instituições acima referidas. Os valores apresentados pelo clube estão aquém daquilo que as instituições entendem como minimamente razoável diante da enorme perda das famílias e demais envolvidos. A recusa do acordo foi informada por meio de ligação telefônica às 19h desta terça-feira (19).
Encerrada a tentativa de acordo, as instituições buscarão agora reparação judicial. Já nesta quarta-feira (20), familiares dos jogadores serão atendidos pela Defensoria Pública para que sejam orientados sobre as medidas possíveis."