Flamengo define pedido de CPI da oposição contra Rodolfo Landim como ‘ataque patético e oportunista’
Conselheiros contestam acúmulo de pagamentos de multas rescisórias por demissões de treinadores
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O clima de eleições agita os bastidores do Flamengo, e o clube emitiu nota institucional para rebater um pedido de CPI contra o presidente Rodolfo Landim. Em resposta, o ato foi descrito como algo que faz parte de "ataques patéticos e oportunistas".
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Um grupo de conselheiros da oposição, que conta com os ex-mandatários do clube Eduardo Bandeira de Mello e Marcio Braga, questiona o excesso de pagamentos de multas por demissões de treinadores na gestão Landim. O Rubro-Negro gastou cerca de R$ 47 milhões em rescisões de técnicos nos últimos anos.
O caso mais recente foi o de Jorge Sampaoli, desligado oficialmente no final de setembro. Na chegada do argentino, a multa estava estipulada em 2,5 milhões de euros (R$ 15 milhões). No entanto, o valor diminuiu com o passar do contrato e estima-se que está em 1,5 milhão de euros (R$ 7,9 milhões).
O grupo de ex-presidentes acusa Landim e o vice de futebol, Marcos Braz, de serem os principais responsáveis e alega que o mandatário cometeu infração disciplinar.
- Salta aos olhos que a conduta adotada pelo Sr. Presidente acerca das demissões de treinadores com elevadas multas rescisórias, de forma habitual e reincidente, nem de longe se amolda à exigência estatutária de atuar com cuidado e diligência que todo administrador ativo e probo costuma empregar na gestão de seus próprios negócios. Muito menos esse procedimento vai ao encontro da obrigação de preservar a higidez financeira e a conservação e incremento do patrimônio do clube. Além disso, os membros do Departamento de Futebol, que participam da escolha e da pactuação dos termos dos contratos dos treinadores demitidos, que não tiveram o contrato renovado e daquele que foi embora por vontade própria, é mantida pelo Presidente do Clube sem qualquer possibilidade de alteração - diz trecho do documento, que o Lance! teve acesso.
O Flamengo, porém, rebateu as acusações e classificou os ataques como oportunismo da oposição. Além disso, em nota, o clube atacou a gestão anterior, de Bandeira de Mello, e descreveu a situação como "politicagem pequena".
Confira a nota completa:
"Esse é mais um ataque da oposição que, tentando ferir a gestão atual, ataca o próprio Flamengo.
Não cabe inquérito por conta de pagamento multa rescisória decorrente de demissão de treinador, porque, pelo Estatuto do Flamengo, a admissão e a demissão de treinadores são prerrogativas do presidente do Clube. Todos sabem, no Flamengo, que o presidente do clube tem plenos poderes estatutários em relação a contratos e distratos de prestação de serviço do Futebol. Podemos até, um dia, mudar o estatuto, mas desde sempre foi assim e só mesmo ataques políticos patéticos e oportunistas podem justificar esse pedido de inquérito.
É bom que se diga que, se fosse possível abrir inquérito, deveria ser aberto em face à gestão anterior do clube, que demitiu o treinador Dorival Júnior em 2013 (um dos 14 treinadores da gestão anterior) e não pagou a multa rescisória devida, gerando uma indenização de aproximadamente 14 milhões de reais (em valores históricos), que teve que ser paga em 2020 pela gestão atual. Ou seja, a maior indenização de treinador paga por esta gestão foi derivada da inépcia da gestão anterior – e não se viu pedido oportunista de inquérito.
Aos rubro-negros, fica a mensagem que a hora agora é de trabalho árduo para retomar o caminho das grandes vitórias as quais nos acostumamos nestes últimos quatro anos. Chega de politicagem pequena. O Flamengo é muito maior do que isto."
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