Flamengo vê base frágil do trabalho de Paulo Sousa ruir com vice e não se sustentar só com individualidades
Rubro-Negro foi derrotado, no agregado, por 3 a 1 e foi vice do Cariocão
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Quase três meses de Paulo Sousa, e o Flamengo mostrou, neste sábado, pelo jogo de volta da final do Campeonato Carioca, uma tremenda ineficiência e que a base frágil do trabalho do técnico está longe de empolgar a curto prazo na temporada. O rendimento da equipe no empate em 1 a 1, no Maracanã, também ilustrou a péssima partida coletiva e individual do Fla.
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Gabigol e Arrascaeta, os protagonistas, assumiram os seus papéis principais e conseguiram, em uma rápida escapada do uruguaio e oportunismo do camisa 9, abrir o placar no primeiro tempo, o que ainda era insuficiente.
O lance do gol rubro-negro, quando o Fluminense o envolvia com jogadores próximos e explorava a descompactação do time de Paulo Sousa, foi um achado e um retrato fiel do que foi o Flamengo no Cariocão, dependente das jogadas individuais de suas estrelas - foi assim em jogos contra o Vasco, até contra o Resende, por exemplo, na Taça Guanabara.
Arrascaeta e Gabi decidiram boa parte dos jogos no Estadual - juntos, fizeram 14 gols (nove do Gabi, artilheiro do Estadual), além das assistências do camisa 14. Mas a improdutividade da equipe voltou a prejudicar o setor de criação do Flamengo.
Hoje, sendo o lado mais fraco da corda, o Flamengo ruiu e foi um deserto de ideias. Ficou na roda quando o Fluminense quis trabalhar a bola no meio. Entra jogador, sai jogador, testa ali, aposta em jogadores que não tem rendido, como Andreas Pereira, e não há evolução. Hoje foi ápice da fragilidade tática do time.
E não há muito tempo de recolher os cacos. Terça-feira já tem estreia na Libertadores, no Peru, contra o Sporting Cristal. A diretoria respaldou Paulo Sousa, inclusive com reunião junto ao grupo recentemente, o que é importante no caso de convicção do projeto.
Porém, a pressão acentua para que as teorias do Mister deem liga dentro de campo, sendo que a distância das ideias para o que é visto em prática é colossal. Não à toa, a torcida encerrou a decisão gritando "time sem vergonha" das arquibancadas. A remada pela conquista da confiança será grande.
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