Kleber Leite é punido em reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo
O ex-presidente do clube da Gávea foi suspenso pelo CoDe - em votação apertada na quinta-feira - por 10 meses por conta de improbidade administrativa durante seu mandato
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O Conselho Deliberativo do Flamengo suspendeu o ex-presidente Kleber Leite por 10 meses do quadro associativo do clube. A decisão foi tomada em reunião do CoDe na noite de quinta-feira, na Sede da Gávea, por conta de improbidade administrativa referente ao empréstimo de R$ 6 milhões junto ao Consórcio Plaza em 1995, primeiro ano do mandato do dirigente, que resultou em uma dívida de R$ 61,5 milhões quitada pelo clube 22 anos depois, no início de 2017.
A informação foi primeiramente publicada pelo portal "Mundo Rubro-Negro". A votação foi apertada: 110 conselheiros votaram a favor da punição, 92 contra.
Desta forma, Kleber Leite não terá o direito de concorrer à presidência do clube neste ano. A eleição será realizada a partir de outubro. Em recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o dirigente impedir a reunião e a votação que foram realizadas nesta quinta, mas teve o pedido negado.
Na decisão, o desembargador Werson Rêgo, da 25ª Câmara Cível do TJ-RJ, ressaltou que não cabe ao Poder Judiciário se posicionar diante de eventual decisão que possa ocorrer na reunião do Conselho Deliberativo do clube.
Em dezembro de 2017, o Conselho de Administração do Fla deu o seu parecer sobre o caso. A decisão foi pela não desligamento do ex-presidente do quadro social do clube, por 41 votos contra e 21 favoráveis à expulsão do dirigente.
RELEMBRE O CASO
Na ocasião da assinatura do contrato do Flamengo com o Consórcio Plaza, no primeiro ano do mandato de Kleber Leite, o grupo adiantou R$ 6 milhões ao clube da Gávea, que acabaram destinados à contratação de reforços para o time - entre eles, o atacante Edmundo, que acabou ficando por poucos meses.
O projeto de construção do shopping chegou a ser aprovado pelos órgãos públicos, porém, o Governo do Estado, que já tinha editado o decreto que autorizava a construção, revogou a decisão, se posicionando de maneira contrária ao empreendimento.
Diante disso, o Consórcio Plaza ajuizou ação de execução contra o Flamengo, exigindo a devolução dos R$ 6 milhões. Em 2016, o Flamengo concordou em devolver o adiantamento recebido em 1995, e as partes chegaram a acordo para pagamento do valor atualizado para R$ 61,5 milhões.
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