O baque era inevitável. Após comemorar a renovação durante a paralisação dos campeonatos, o Flamengo viu Jorge Jesus fazer valer a cláusula que o liberava diante de propostas de alguns clubes europeus. O Benfica estava nesta lista e, mesmo passando por crise político-financeira, acertou o retorno do técnico, que se despediu do Rubro-Negro com o título carioca, o quinto em pouco mais de um ano. Não há tempo para lamber feridas.
O Flamengo precisa agir rápido: o Campeonato Brasileiro começará no início de agosto e a Libertadores, ao que tudo indica, terá reinício em setembro. Mas a diretoria dificilmente vai mudar completamente a fórmula do sucesso: um técnico estrangeiro mais uma vez deve ser a prioridade e há boas possibilidades sobre a mesa.
Não há tempo, porém, para negociações longas e a situação do Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia do coronavírus, pode ser um obstáculo neste roteiro. Ter que recorrer novamente a um técnico brasileiro seria preocupante: faltam opções no mercado condizentes com a nova mentalidade técnica do clube.
Jorge Jesus tornou um ótimo elenco em um grupo não só vencedor, como também brilhante com a bola nos pés. Para transformar o legado em convicção, o Flamengo sabe que não pode dar um passo para trás. É preciso, novamente, mirar além das fronteiras.
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