Em uma tragédia, as investigações existem para identificar as causas e se há culpados. Os dez garotos mortos e outros três feridos no incêndio que atingiu o Ninho do Urubu estavam sob a responsabilidade do clube, que os hospedava provisoriamente em contêineres. No jogo do empurra-empurra entre o clube e a Prefeitura do Rio de Janeiro, o que se sabe até agora é que o centro de treinamento não tinha alvará para funcionamento, pela falta do Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros. Ao mesmo tempo, o Flamengo apresenta documentos para tentar provar que os meninos estavam em um alojamento seguro. Apresenta, mas não permite perguntas, o que é prejudicial em um caso desta gravidade. Ninguém pode exigir que o Flamengo dê respostas inconclusivas apenas para acelerar a produção de pauta dos veículos de comunicação, mas é preciso ir além de pronunciamentos sem chances de réplica. Antes dos jornalistas, há familiares que não conseguirão vencer o luto e que, a partir de agora, lutam por uma despedida digna e uma investigação minuciosa. Não há o desejo de vilanizar o Flamengo, mas é inevitável que se cobre dele mais respostas para uma tragédia ocorrida em seu próprio quintal.
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