Quando tudo parecia sentenciado, uma luz incindiu sobre Gabigol. Em um intervalo de três minutos, já nos últimos movimentos da partida, o atacante marcou duas vezes e arrancou o título do River Plate à força, como simboliza sua tradicional comemoração. O Flamengo de 40 milhões de torcedores espalhados entre Lima, Rio e qualquer canto onde a fé pulsou reconquista a Libertadores da América depois de 38 anos. Um primeiro tempo irreconhecível, é verdade, saindo atrás do placar, errando bolas fáceis, sem ligações entre os meias e o ataque. Jorge Jesus arrancou o colete, colocou o terno e algo foi dito nos vestiários. Na segunda etapa, mesmo ainda abusando do nervosismo, o Rubro-Negro partiu para cima com o único pacto possível; não desistir até o último segundo. Acordo seguido à risca por Gerson, Bruno Henrique e, claro, pelo artilheiro do torneio. O título marca também a redenção definitiva de Diego, um jogador que teve altos e baixos com a torcida, mas que entrou muito bem na partida e assumiu a missão com sua camisa 10. O ano que começou com o evento mais triste da história do clube, com a morte de dez jovens no Ninho do Urubu, caminha para se encerrar de forma apoteótica. Enquanto seu povo pede o mundo de novo, a América voltou a ser um universo dominado pelo Flamengo.
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