Após o elenco do Flamengo encarar protestos na ida à Fortaleza, com ações violentas da torcida no embarque do Rio de Janeiro, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Ricardo Lomba, foi o primeiro membro da diretoria a manifestar-se sobre os episódio no Rio de Janeiro, onde o meia Diego quase foi agredido por torcedores no aeroporto.
Na visão do dirigente, a cobrança sobre o camisa 10 é excessiva na medida em que ele "faz parte de um elenco", explicou Ricardo Lomba ao "Fox Sports".
- O Diego faz parte de um elenco, e não pode ser responsabilizado sozinho por nada. Além do que se se trata de um excelente jogador, absolutamente comprometido e responsável. Lamento muito, porque o Flamengo precisa muito dele. Eventualmente, se não está passando por uma boa fase, ele ou qualquer outro jogador, eu acredito que nós temos que apoiar muito mais. Incentivar para resgatar o que ele pode dar de melhor. Acho que essas críticas estão exageradas, apesar do direito que o torcedor tem de se manifestar.
Em nota, o clube da Gávea se posicionou contra as tentativas de agressão e de intimidação aos jogadores e manifestou que "tentativas de agressão, verbais ou físicas, no ambiente de trabalho de qualquer profissional são inadmissíveis".
No Rio de Janeiro, o grupo de torcedores cercou os jogadores e a segurança teve trabalho para impedir um cenário pior. Diego foi quase agredido e os demais atletas quase foram para o confronto. Em um momento, o goleiro Diego Alves arremessou um copo de café na direção de quem protestava.
A atitude do goleiro será analisada pela diretoria, garantiu o VP de futebol.
- Diego Alves é profissional espetacular, comprometido, goleiro consagrado mundialmente. Tenho certeza absoluta que essa ação não foi tomada em um ambiente normal. Certamente acuado, nervoso, diria até amedrontado com o que aconteceu. Será objetivo de reflexão, análise, achar que é uma atitude normal é um absurdo. Todos nos estaríamos nervosos. Um grupo de pessoas agredindo, indo para cima, transforma em um ambiente hostil. Não são reações normais. É perfeitamente razoável que ele estava em uma situação desesperada pelo que viveu. Afastá-lo é uma distância que a gente precisa analisar com calma. Viveu uma situação inusitada e inédita - afirmou Lomba.
Por fim, Ricardo Lomba falou sobre a situação do comando técnico da equipe. Desde o dia 29 de março, quando Carpegiani foi demitido, Maurício Barbieri comanda a equipe interinamente. O Flamengo procurou nomes, mas ouviu respostas negativas, como a de Renato Gaúcho, que não quis sair do Grêmio.
O VP reforçou a confiança em Barbieri, mas despistou sobre a efetivação. De acordo com o dirigente, o departamento está buscando o melhor para o clube.
- O Maurício é o treinador que tem nossa confiança, um estudioso do futebol. Acreditamos no trabalho dele. Mas gostaria de externar que o departamento de futebol trabalha incessantemente para buscar o melhor para o Flamengo. Acreditamos no potencial, ele está ali, à beira do campo, comandando o elenco, mas estejam certos que estamos buscando sempre o melhor para o Flamengo.