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As primeiras reações e o desafio do Fla após a conturbada ida ao Ceará

Jogadores enfrentam protestos da torcida no embarque e desembarque, com direito a tentativas de agressão, e diretoria terá trabalho para manter "ambiente saudável" 

Apresentação do novo Dir. Exec. de Futebol Carlos Noval
imagem cameraHomens fortes do Fla precisam "driblar" momento conturbado do futebol do clube (Gilvan de Souza/Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 28/04/2018
02:21
Atualizado em 28/04/2018
12:23

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As cobranças ostensivas e as tentativas de agressão aos jogadores, em especial a Diego, no embarque do Flamengo deixaram no elenco uma mistura de temor e revolta. Ainda durante a confusão no embarque para Fortaleza, no Aeroporto do Galeão, alguns atletas já mostraram a irritação com o ocorrido. Depois, com a situação tranquilizada, demonstraram solidariedade aos nomes cobrados.

A certeza é de que o protesto realizado no Rio já tem grande repercussão no clube. A violência contra o elenco foi condenada por todas esferas. Entre os jogadores, é aguardada uma posição firme e que medidas sejam tomadas para que o episódio não se repita. Existe o temor por ação ainda mais violenta em caso de um resultado que não seja a vitória diante do Ceará, no Castelão.

O maior temor é que - caso a relação entre torcida e um determinado jogador torne-se insustentável - algum atleta busque a rescisão contratual unilateral. Ou seja, tenha o vinculo com o clube encerrado sem qualquer compensação. Até agora, não houve movimento por parte de nenhum jogador neste sentido.

TORCIDA TAMBÉM PROTESTA NA CHEGADA

A delegação do Flamengo viveu momentos de temor ao embarcar no Rio de Janeiro, com um grupo de torcedores cercando os atletas e dando trabalho demais aos seguranças do clube. Na chegada à Fortaleza não foi diferente.

Os ânimos na capital cearense estavam menos acirrados e não houve violência, mas os atletas foram alvos das muitas pipocas arremessadas pelos torcedores presentes. Diego, camisa 10 e líder do grupos, foi outra vez o mais cobrado. O desembarque do Fla aconteceu por volta das 2h da madrugada de sábado.

Os gritos de "time sem vergonha" e "Flamengo é raça" e se misturaram com outros de apoio, como "estamos com vocês". Estes, de maneira mais tímida.

DESAFIO PARA OS "HOMENS DO FUTEBOL"

Além da cobrança por resultados melhores em campo e a definição no comando técnico do time, o diretor Carlos Noval terá mais um desafio à frente do departamento de futebol: contornar o descontentamento do elenco com o ocorrido e manter o ambiente "saudável" e com os jogadores motivados.

Ricardo Lomba, VP de futebol, também terá responsabilidade nesta função.

O mês de maio será determinante para a temporada rubro-negra. Na quarta, dia 2, o Flamengo estreia nas oitavas da Copa do Brasil diante da Ponte Preta, em Campinas. Ainda neste mês, a equipe realiza os dois jogos decisivos pela Copa Libertadores: dia 16 é contra o Emelec, no Rio, e dia 23, contra o River Plate, em Buenos Aires. A classificação no Grupo D só depende do Flamengo.

Noval foi o único membro da diretoria a viajar com os atletas para Fortaleza e, consequentemente, passar pelo protesto da torcida no Aeroporto do Galeão.

Como de costume, o presidente Eduardo Bandeira de Mello e outros dirigentes se juntarão à delegação antes da partida contra o Ceará, no domingo às 16h.

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