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Ainda sem data para volta, Flamengo fará testes em jogadores e familiares

O Dr. Márcio Tannure, em entrevista à FlaTV, detalhou os procedimentos que serão adotados pelo clube no retorno das atividades - o qual ainda não tem data para acontecer

Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Flamengo, foi alvo de críticas
imagem cameraO Dr. Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 29/04/2020
18:47
Atualizado em 29/04/2020
20:13

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Em entrevista ao canal do Flamengo, o Dr. Márcio Tannure deu detalhes de como será o retorno das atividades do elenco profissional após a paralisação por conta do coronavírus. O médico, que faz parte das comissões da CBF e Ferj, explicou que ainda não há data para a volta dos treinos acontecer, apesar das férias do time se encerrarem nesta quinta-feira, mas, quando isso acontecer, todos jogadores, membros da comissão técnica e familiares serão testados.

- O término das férias não é sinônimo de retorno das atividades. Não tenho a menor dúvida de que, quando essa data chegar, só vamos voltar passando por todos protocolos médicos que elaboramos. Todos serão testados e após esse primeiro teste, por um período, serão retestados para que a gente não tenha a janela imunológica, como dizemos. Vão passar por todos procedimentos. Serão testados e avaliados. Não só os jogadores. Todos da comissão técnica, todos familiares envolvidos. Não adianta simplesmente testar o jogador e ter alguém contaminado na casa dele - afirmou o Dr. Tannure, antes de complementar:

- Após isso, vamos conseguir dividir os grupos, com a sorologia positiva, para saber quem é ou não é imune até que a gente tenha uma população considerada imunizada, que já teve contato e tem anticorpos contra isso.

O chefe do departamento médico do Flamengo ainda comentou sobre o processo de criação do protocolo de segurança, o qual ele fez parte ao lado de médicos do Vasco, Botafogo, Avaí, Ponte Preta, Atlético-MG e Seleção Brasileira, além de médicos da Ferj, da CBF e de consultorias com dois infectologistas.

- Foi criado uma comissão especial para discutir o caso da Covid-19, quais são as melhores práticas, criar os protocolos necessários para voltarmos com segurança. Criamos o protocolo com cuidado higiênico muito rígido. Conversamos com vários infectologistas, órgãos de saúde, trocamos ideias com médicos de outras ligas. Teremos cuidados de distanciamento, equipamento, acompanhamento de exames e clínico de jogadores, funcionários e familiares.

Confira outras respostas do Dr. Márcio Tannure à FlaTV, nesta quarta-feira:

Acompanhamento do retorno de outros clubes aos treinos
Como eles começaram antes (a quarentena), estão retornando antes e já tem um conhecimento para dividir com a gente. Mesmo sabendo que a realidade daqui é completamente da Europa. Não posso seguir fielmente o que está sendo realizando na Alemanha, Inglaterra ou Itália. Mas trazemos essa informação, vemos o que foi feito, o que não foi feito, ver as nossa demandas e conseguimos criar o nosso protocolo. Foram trocas muito importantes. Conversei com muitos colegas da Espanha, da Itália. Tudo que estamos fazendo é baseado na ciência, em dados, em números.

Jorge Jesus
Converso muito com o Mister também. É um cara muito antenado. Ele também tem conversado com muitas pessoas. Tenho dividido muito com ele, gosta de participar de todos processos. A preocupação maior dele é pela segurança dos nossos atletas. Continuamos tocando e sabendo que é um aprendizado. É algo novo.

Previsão de retorno das atividades
Não temos previsão. Isso não depende de mim. O Flamengo, através da diretoria, da presidência, me exigiu que eu debruçasse e trouxesse as melhores práticas e que estejamos preparados. A preocupação da diretoria é que, quando o momento chegar, estejamos preparados para ofertar o melhor de segurança e possibilidades. O risco existirá, o que queremos é minimizar. Não sabemos quando. É uma imprevisibilidade, mas o mais importante é que estaremos prontos.

Retorno dos jogos e presença da torcida
É cedo para falar. Estamos falando sobre retorno aos treinos, em pequenos grupos, como uma experiência, sobre como implementar as melhores práticas. Isso nos dará a segurança e o entendimento até que chegará o momento em que se discutirá, primeiro, a possibilidade de jogos. Depois essa questão de portões fechados. Essa possibilidade do retorno de portões fechados é muito grande. Se isso vai ser até o fim do ano, não posso afirmar. Espero que não. Participei de alguns sem público e, realmente, é algo muito diferente. É esquisito. O mais importante é a saúde, a segurança das pessoas e amenizar esse contágio.

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