Melhor contra o San José em Oruro, Diego Alves torce por jogo ‘diferente’

Goleiro do Flamengo ressalta importância da partida desta quinta-feira, no Maracanã, fala em dever de casa e cita que elenco está acostumado à pressão

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O Flamengo encara, nesta quinta-feira, o San José, da Bolívia, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Na estreia na competição, na altitude de Oruro, o time rubro-negro venceu por 1 a 0, mas o goleiro Diego Alves foi eleito o melhor em campo. Agora, no Maracanã, o camisa 1 espera ter uma vida um pouco mais fácil.

- Espero que seja diferente, né? Lógico que a altitude atrapalhou bastante. É bem difícil jogar lá. Acredito que aqui será completamente diferente. Espero ter um pouco mais de tranquilidade (risos) - disse.


O duelo da noite desta quinta-feira é o último da equipe de Abel Braga em casa e se tornou importante para a classificação - com a vitória do Peñarol sobre a LDU, na última terça-feira, o time uruguaio assumiu a liderança do grupo. Diego Alves ressalta que o elenco tem ideia do que a partida representa, mas faz questão de não colocar um peso de decisão.

- Final não é porque tem mais jogos, mas é uma partida fundamental para a classificação. Conseguimos vitória importante na Bolívia. Depois, somamos mais três pontos contra a LDU. Infelizmente, contra o Peñarol não conseguimos ganhar, mas sabíamos que seria difícil por se tratar de Libertadores e os times que estão na chave, mas, com certeza, é um jogo de extrema importância e que vamos lutar pela vitória - afirmou.

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Boa fase


Estamos ali para isso. Os goleiros têm de estar sempre bem preparados para ajudar quando precisa. Esse momento é devido ao trabalho e aos profissionais que temos aqui, que estão deixando a gente preparado. Não só eu, como César, Gabriel, Thiago... Isso que deixa a gente feliz, estar preparado para ajudar o time. Às vezes, as coisas não saem da maneira que a gente quer, mas ficamos felizes em contribuir como podemos.

San José é o o jogo mais fácil?

Esse é o pensamento que não pode acontecer. Tudo envolve para que, na quinta, a gente entre em campo e todos pensam que vai ser fácil, mas temos ali um adversário que vem bem preparado, houve troca de treinador. E é jogo de Libertadores nunca é fácil. Sabemos da importância da vitória e não podemos nos deixar levar por essa emoção da parte externa. Temos de ser cautelosos e saber da nossa responsabilidade, que dentro de campo temos de buscar o resultado. Com cautela e respeito, acho quer vamos fazer um grande jogo.

Quem joga na vaga de Gabigol


Não sei (risos). Abel deve ter na cabeça e deve esperar uma resposta do departamento médico (por Bruno Henrique e Uribe), mas, independentemente do jogador, quem vai estar em campo já sabe o que tem de ser feito e isso deixa a gente tranquilo.

Gols sofridos de bola aérea

Hoje, a bola parada é muito importante. É a jogada mais trabalhada por quase todos os times. Se olhar bem as jogadas, foram contra-ataques e, às vezes, sobrou espaço. Contra o Flu, (Gilberto) nem saltou. Peñarol, tivemos deslize por falta de um jogador e teve a facilidade de cruzar. Não vou considerar normal porque tomar gol não é normal, mas é algo que pode ser corrigido e estamos corrigindo. Não vejo como um fator para ter essa obsessão.

Time mais pilhado

O momento é falar "pilhado". Se perguntar se gosto de jogar com estádio cheio ou vazio, acho que todos vão responder que cheio é melhor. Somos nós que estamos em campo. Já estamos acostumados. Ano passado, jogamos o Brasileiro todo com o Maracanã lotado. Também não são todos os jogos que vamos ganhar. Esse controle, temos de ter. No passado, falavam que o Flamengo não tinha vontade. Agora, está pilhado. Vamos ser criticados por tudo que fizermos. Mas temos de tomar cuidado para terminar com os 11 jogadores. Isso (pilhado ou não) depende muito do ponto de vista de cada um, mas vontade de vencer tem de ter.

Pressão

É normal por ser Flamengo. Essa pressão vai existir. É o maior clube do Brasil, é o que dá mais repercussão, debate, ibope. Falar bem ou mal prende as pessoas. As pessoas têm de aceitar e nós jogadores aceitamos. Uma coisa pequena, aqui, se torna uma avalanche. É uma situação diferente de qualquer outro clube. As pessoas que estão aqui sabem dessa grandeza e estamos preparados para encarar tudo que vem pela frente. Não temos como controlar isso porque é de fora para dentro. Se não quiser pressão, tem de procurar outro lugar ou outro esporte.

Viu o jogo Peñarol x LDU?

O resultado que mais importa é o Flamengo ganhar. Independentemente do Peñarol ganhar a LDU. Vamos enfrentar eles (Peñarol) novamente. Tudo vai passar pelo que vamos fazer contra o San José. Nosso foco total é no nosso jogo. Assisti (ao jogo) porque é bom saber como (Peñarol) jogam em casa, mas o mais importante é quinta. Vamos ter de fazer o nosso dever de casa.

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