Motorzinho e quase ‘gamer’, Everton não se intimida com concorrência e revela mentor no Fla
Meia rubro-negro assume apelido carinhoso da torcida e agradece por confiança do clube em meio a idas e vindas de jogadores. Ele sonha com o título da Libertadores
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Apelidado de motorzinho do Flamengo, o meia Éverton vive um momento especial no Rubro-Negro. Mesmo num elenco cheio de jogadores renomados, o camisa 22 conquistou seu espaço e, atualmente, é uma das principais armas no esquema de Zé Ricardo. Em entrevista ao LANCE!, ele não demonstrou vaidade ao falar sobre a luta para se manter na equipe. Em breve, Ederson e Conca estarão à disposição, acirrando ainda mais a concorrência pelas vagas no setor ofensivo, que ainda pode ter a chegada do xará Everton Ribeiro no segundo semestre.
- Espero que possa entrar neste time dos sonhos quando chegarem mais contratações (risos). Sei da minha importância para o time. Sou identificado com todos no clube, sinto-me em casa e tranquilo, sei que a competição na frente é muito grande, temos grandes jogadores - comenta o atleta, que considera-se um grande jogador e não se mostra intimidado pela competição.
- Não é à toa que estou vestindo uma das maiores camisas do Brasil, senão a maior. Ninguém vai jogar no Flamengo quatro ou cinco temporadas se não tiver qualidade. É um time de pressão enorme, muito grande, tenho certeza de que também tenho uma capacidade grande - lembra.
Éverton teve papel importante na conquista do título Carioca, marcando o gol da vitória no primeiro jogo da decisão. Agora, ele vislumbra outras taças, sendo uma delas especial.
- Saiu um peso grande começar o ano ganhando um título, é importante, dá tranquilidade. Temos um elenco grande, que nos dá condição de conquistar outros títulos. O Flamengo está no caminho certo. A Libertadores é um sonho nosso e do torcedor. Há muito tempo que o Flamengo não ganha (1981). Vamos lutar por este título também - afirma.
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"Tenho certeza de que vamos dar um grande título aos torcedores do Flamengo"
MENTOR AJUDA NO DIA A DIA
Identificado com o Flamengo, Éverton já tem 213 jogos somados em duas passagens pelo clube. Hoje aos 28 anos, ele sonha um dia ser lembrado pela torcida, quando encerrar a carreira, assim como o gerente de futebol Mozer, que é uma espécie de mentor.
- Quando parar, quero olhar para trás e ver que fui bem no Flamengo. Tenho certeza de que ainda virá um grande título para coroar isso tudo. É legal ficar marcado na história do clube. Hoje, olho o Mozer, que é um exemplo para todos nós (jogadores), conquistou tudo no Flamengo. Ele sempre me fala: 'Podem passar anos e anos que você estará na história...'. Tenho este exemplo. Ele fica nos ajudando, dando confiança. É um vencedor, é bom estar perto dessas pessoas - conta.
CAMPEÃO TAMBÉM NO VIDEOGAME
No início do ano, Éverton ganhou um curto torneio amador de um game de futebol disputado entre os jogadores do Flamengo. A brincadeira é um hobby do jogador nos momentos de lazer, mas ele diz que não chega a ser um craque com o controle.
- Eu até jogo, mas não sou muito bom, é que os caras são muito ruins mesmo (risos), entre os ruins consegui me destacar. Fui campeão, mas não sou um grande jogador, sei uma coisinha ou outra - conta, bem-humorado.
MEIA AGRADECE POR CONFIANÇA EM MOMENTO DE ESPECULAÇÕES
Éverton renovou contrato com o Flamengo recentemente e ampliou seu vínculo com o clube até 2019. No entanto, no ano passado, houve especulações de que ele poderia reforçar clubes de São Paulo, como Corinthians e Palmeiras. Hoje, ele agradece ao Rubro-Negro por ter permanecido.
- Em 2015, teve uma proposta da China, chegou forte, mas o Flamengo viu que não era hora de me vender. No passado, também houve especulação forte de dois clubes do país, deve ter chegado algo, mas o Flamengo decidiu pela minha permanência. O clube confiou em mim quando eu estava machucado. Fiquei muito feliz do Flamengo falar: 'Everton, você é importante, quero que você fique'. Teve, sim (propostas), mas felizmente eu fiquei - lembra.
BATE-BOLA COM ÉVERTON, MEIA DO FLAMENGO:
Como encara o apelido de motorzinho?
ÉVERTON: 'É engraçado. No Atlético-PR, eu também tinha este apelido. Fico feliz. Ali na frente você tem que movimentar muito. Se você ficar só aberto na esquerda, não joga, o lateral marca bem. É legal, motorzinho pode ficar também pro Márcio Araújo, que está jogando muito. Ele rouba a bola com muita facilidade também no treino.'
Sonha em chegar à Seleção Brasileira?
ÉVERTON: 'Penso primeiro aqui no Flamengo. Se conquistarmos títulos, vão acabar olhando para o Flamengo, como já olharam. Diego, Arão e Muralha foram convocados. Se eu fizer as coisas bem aqui, uma hora ou outra vai pintar a oportunidade.'
Sente-se em casa no Flamengo?
ÉVERTON: 'Sim, em casa. Já passei de tudo aqui no clube, porém foram mais momentos bons do que ruins, sou bem identificado com o Flamengo. Fico muito contente de vestir essa camisa e de ter renovado, tenho certeza de que será um ano especial para todos aqui'
A torcida do Flamengo realmente faz a diferença? Dá para sentir em campo?
ÉVERTON: 'Faz a diferença total. A torcida do Flamengo é especial, apoia onde você vai jogar e no Maracanã a festa é total.'
Você vem demonstrando um bom entrosamento com os peruanos Trauco e Guerrero. Por que as coisas estão dando tão certo?
ÉVERTON: 'Trauco foi uma surpresa, é um jogador de qualidade enorme. Ele joga de lateral ou meia, é inteligente, habilidoso e busca sempre o passe. O entrosamento com ele é fácil. Renê também fez uma partida muito contra o Fluminense. Guerrero é o melhor centroavante do Brasil, sem dúvidas. Segurar a bola como ele faz é difícil. Nós já sabemos disso, é fácil fazer o "um, dois" com ele. É um jogador que tem uma facilidade para dominar a bola no peito que ninguém tem, é um craque.'
Para finalizar, qual recado gostaria de deixar para a torcida rubro-negra?
Éverton: 'Acreditem no time como vem acreditando, nos apoiem. Eles estão de parabéns por tudo o que têm feito, tenho certeza de que vamos dar um grande título a eles.'
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