Mundial de Clubes: Torcedores do Flamengo deixam para invadir o Marrocos na véspera da estreia
Tempo curto para planejamento de viagem, escalas na Europa e cidades diferentes de chegada levam rubro-negros a demorarem a ser percebidos nas sedes dos jogos
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Se no Brasil é fácil ver uma camisa do Flamengo nas ruas em qualquer dia, na terra do Mundial de Clubes foi missão quase rara para espião até domingo passado. O fim de semana anterior à estreia do time no torneio passou, e os esperados 10 mil rubro-negros ainda não se fizeram notar muito no Marrocos. Salvo poucas exceções.
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Tanto em Rabat, como em Tânger, as duas sedes do Mundial, camisas ou casacos do Flamengo são mais fáceis de ver nas lojas. Bandeiras, só as vermelhas com verde do Marrocos, em vários prédios do governo e janelas de cidadãos orgulhosos pelo quarto lugar na última Copa. As cores rubro-negras devem começar a ser mais exibidas dentro e fora das Medinas apenas a partir desta segunda-feira.
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O curto período para planejamento desde o anúncio pela Fifa de que Marrocos receberia o Mundial foi um dos principais fatores que prejudicaram a chegada antecipada dos torcedores e inviabilizaram a viagem de muitos. A indefinição das cidades das partidas até o dia do sorteio, em 13 de janeiro, a menos de um mês do jogo de abertura, atrapalhou a logística e concentração maior de rubro-negros prioritariamente em Tânger, sede da semifinal, ou em Rabat, palco da decisão do título.
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O período do ano, entre as férias de janeiro e o carnaval, deu menos mobilidade para os que tiveram que arrumar folga no trabalho de segunda a sexta da semana dos confrontos. E muitos dos que partiram do Brasil para Marrocos optaram por aproveitar as conexões forçadas na Europa para passar um ou dois dias em cidades como Madri ou Paris.
Quem passou pela escala na capital francesa, mas quis chegar logo ao Marrocos, foi Sérgio Guimarães. Com oito camisas do Flamengo na bagagem, uma para cada dia, ele chegou a Rabat no início da tarde de domingo para começar a exibir sua figura de vermelho e preto na Medina. Fica em um hotel no coração da cidade até a manhã de terça-feira, quando parte de trem para ver a semifinal em Tânger.
- Somos 13 ao todo em nosso grupo, mas estamos vindo de cinco formas diferentes. Desembarquei com minha irmã e meu filho. Mas tem um amigo que chegou no domingo passado, porque podia ficar mais tempo no Marrocos e aproveitou para garantir a retirada com antecedência dos nossos ingressos comprados pelo site. Outros quatro chegam nesta segunda-feira depois de aproveitarem um dia inteiro de passeio em Madri por causa da escala forçada. Mais dois embarcaram no Brasil na noite de domingo e trocam de avião na Espanha. Esses seis vão para Marrakech e de lá seguem para Tânger na terça de manhã. Para a final, virão mais três que moram em Portugal - disse.
Sérgio tem experiência em Mundial de Clubes. Foi ao Qatar em 2019, quando o Flamengo passou pelo Al Hilal na semifinal, mas perdeu a decisão para o Liverpool na prorrogação. Da edição de quatro anos atrás, lembra que a logística foi bem mais fácil.
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- É muito mais simples um Mundial que é na mesma cidade. Aqui no Marrocos tem muito deslocamento, isso dá uma certa insegurança. Lá tinha metrô na porta, o táxi também. Doha é meio artificial até. Aqui é uma cidade para valer. Tudo longe. Tem que estudar melhor o assunto - disse.
Para quem vai, o que importa é chegar. E na terça-feira, todos os caminhos rubro-negros levam a Tânger.
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