Novo presidente do Flamengo: veja as opiniões de BAP
O rubro-negro será empossado como presidente no dia 18 de dezembro
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Luiz Eduardo Baptista, o BAP, será o presidente do Flamengo pelos próximos três anos. O empresário de 64 anos recebeu 1.731votos na eleição de segunda-feira (9) na Gávea, sede social do clube carioca. Assim, o Lance! mostra para você quais são as opiniões do próximo mandatário rubro-negro, que será empossado no dia 18 deste mês, sobre assuntos envolvendo o clube.
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Sócio do Flamengo desde 2009, BAP, que terá Flávio Willeman como Vice-Presidente Geral, contou com o apoio de Zico no processo eleitoral. O Galinho, aliás, pode ser o chefe de delegação rubro-negra para o Mundial de Clubes 2025.
- Festa da democracia rubro-negra. Tenho certeza de que vamos levar o Flamengo a um novo patamar - disse BAP após o resultado da eleição.
O que pensa BAP sobre a construção do estádio do Flamengo no Gasômetro?
Por inúmeras vezes durante o período eleitoral, BAP garantiu que não é contrário a construção do estádio do Flamengo. O dirigente, no entanto, aborda o tema com cautela, chamando a atenção para os números.
- Eu entendo que a preocupação é absolutamente legítima. Sem querer entrar muito em detalhes de números para não chatear a audiência, mas o Flamengo tem uma margem operacional de R$ 350 milhões por ano, que é maior do que a receita de oito clubes da Serie A do Brasil. O resultado do Flamengo é de R$ 350 milhões. A depreciação desse elenco milionário é de R$ 200 milhões por ano. Sobram, em tese, R$ 150 milhões por ano para o Flamengo investir num estádio - iniciou em entrevista ao Lance!.
- R$ 150 milhões vezes cinco, que eu acho que é o prazo aproximado de você fazer um estádio, dá alguma coisa como R$ 700 milhões, R$ 750 milhões. Eu estimo que um estádio de 70 mil lugares vai custar alguma coisa como R$ 2,5 bilhões. Menos R$ 700 milhões, R$ 1,7 bilhão, menos os R$ 200 milhões que o clube já está pagando esse ano, falta R$ 1,5 bilhão. Você deveria ter que fazer R$ 300 milhões a mais de resultado em cinco anos - completou.
E sobre SAF?
Para o futuro presidente do Flamengo, o assunto SAF não passa por sua cabeça. Segundo ele, o Rubro-Negro não necessita passar por esse processo.
- Jamais. Entendo que o Flamengo tem todas as condições para ser independente e não precisar virar uma SAF. É importante que a gente contextualize que a SAF no Brasil tem acontecido por duas razões fundamentais. A primeira, para aqueles clubes que estão numa situação financeira falimentar e que sem a SAF não haveria sobrevivência para eles. A outra é de você ter clubes que não são clubes necessariamente de massa e que de alguma forma não têm aquele ambiente político, tradicional, muito intenso, onde você pode investir no Brasil para tirar jogadores mais jovens e formar jogadores para vender no exterior. Eu acho que o Flamengo não se aplica nem ao primeiro caso nem ao segundo. Entendo que para o caso do Flamengo, hoje, a SAF não é uma necessidade, nem consta dos meus planos, caso eu seja eleito presidente - afirmou.
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Veja outras opiniões de BAP
Planos para o Maracanã
BAP: Acho que é fantástico a gente ter o Maracanã. É um templo carioca do futebol, o terceiro lugar mais visitado no Rio de Janeiro, sem ter grandes atrativos. Em dias de chuva é o mais visitado. Eu entendo que ter essa concessão de 20 anos é fundamental para que o Flamengo tenha tranquilidade para construir o seu estádio, número um.
BAP: Entendo as dificuldades que uma arquitetura antiga como a do Maracanã, e o fato de ter sido construído um estádio para a Copa do Mundo, acabam te impondo limitações que não são necessariamente as mais adequadas para o momento que a gente vive. A saber: o espaço de torcida mais popular, seja no que a gente chamou de sul ou norte do Maracanã. Eu imagino que no estádio da gente possamos ter alguma coisa entre 10 e 15 mil lugares a mais populares para fazer esse contrapeso.
Vice-presidências do Flamengo
BAP: Se for paixão pelo Flamengo, nós somos 45 milhões, 48 milhões de candidatos, então seria difícil você fazer uma escolha. Fundamentalmente, eu vejo que, dentro desse processo de profissionalização do clube, uma das coisas que a gente não pode mais permitir são vice-presidentes dito amadores que se metem no dia a dia do clube. Eles emasculam a profissionalização, afetam quem está embaixo. Quem está embaixo na estrutura entende que esse VP não vai ser mandado embora. E, ao invés de fazer o que eles acham que deve ser feito, eles acabam fazendo o que nosso mestre mandar. Isso é uma realidade de muitos clubes brasileiros. E em clubes, em geral, quando o dirigente amador é incompetente, ele não é punido por isso, ele não pode ser mandado embora. Mas as consequências são para o clube.
Estratégia para o Mundial de Clubes?
BAP: Nós temos que começar um planejamento específico para essa época. Quando você pega o regramento da Fifa, ela não está obrigando os campeonatos locais a pararem. No Brasil, dependendo do número de datas, você continua tendo 52 semanas por ano. Tira as três semanas de preparação do início do ano e as quatro de férias, você tem 45 semanas para encaixar todos os jogos que você tem. Vai ser um desafio. Do nosso ponto de vista, nós temos que ter um elenco maior e explorar a janela do início do ano para que a gente esteja preparado para uma eventualidade de ter que jogar o Mundial e, eventualmente, fazer alguns jogos, se não todos.
Importância do profissional de psicologia no Flamengo
MGM: Sim. Eu entendo que o esporte de alta performance precisa de atendimento porque é uma vida solitária. A parte de psicologia a gente tem que ter. Jogar no Flamengo é para poucos, o cara tem que ser atleta e tem que ter uma força mental grande.
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