O que precisa melhorar e o que deu certo na vitória do Flamengo sobre o Talleres
100% na Libertadores, Rubro-Negro, agora, recebe o São Paulo, neste domingo, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro
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O Flamengo deu uma aliviada na turbulência vivida nos últimos após realizar uma das principais partidas em termos técnico e tático diante do Talleres-ARG, na noite passada, pela segunda rodada do Grupo H da Libertadores. O time de Paulo Sousa venceu por 3 a 1, no Maracanã, e apresentou ideias animadoras visando a sequência da temporada, apesar de não evitar falhas já conhecidas.
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O posicionamento de Everton Ribeiro, possivelmente, foi a grande cartada de Paulo Sousa contra os argentinos, que optaram por iniciar o jogo com as linhas altas, abafando a saída de bola. O Fla aproveitou e construiu bem de trás, tanto que o primeiro gol saiu com o camisa 7 recebendo entre as linhas e dando ritmo ao ataque, até Arrascaeta sofrer pênalti - convertido por Gabi.
Assim estava distribuído o Flamengo pouco antes da jogada trabalhada até o pênalti sofrido por Arrascaeta. Construção veio de trás #lanceMARACA pic.twitter.com/G7FY87wfus
— Lazlo Dalfovo (@lazlodalfovo) April 13, 2022
Pela meia direita, Everton Ribeiro teve liberdade para flutuar, mais próximo a Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique, e teve um rendimento digno de seus melhores dias pelo clube. O Mister disse que prioriza os jogadores técnicos em campo, independente das funções:
- Tirando os primeiros jogos do Everton Ribeiro na esquerda, numa ideia de construção de sistemas e dinâmicas que sempre entendi e falei várias vezes com ele da importância de ter jogadores de qualidade técnica em todos os espaços do campo, vejo importante ter esses jogadores seja na direita, seja na esquerda. Não é a primeira vez comigo que os quatro jogam nas mesmas posições de hoje. Elas já aconteceram - falou Paulo Sousa, na entrevista coletiva.
O treinador, aliás, elogiou a distribuição de Willian Arão nas saídas de bola (foi dele o passe, citado acima, para Everton Ribeiro na construção do primeiro gol).
E dá para dizer que ocorreu fluidez na construção desde a defesa, seja com passes longos ou por baixo, algo que não vinha ocorrendo e que serviu de alento.
As estocadas de Bruno Henrique, quando atuou mais aberto (e por vezes revezou com Arrascaeta no corredor esquerdo), também foram um ponto alto da atuação rubro-negra contra o time de Córdoba, que não conseguiu neutralizar os primeiros minutos de boa intensidade e verticalidade do Fla para atacar. As movimentações do uruguaio e do ER7 foram fundamentais para isso, diga-se.
O QUE PRECISA EVOLUIR
Paulo Sousa ratificou que as suas convicções, como saída de três, dois volantes e jogadores sempre ocupando as alas, serão mantidas até "cristalizar essas dinâmicas". Mas o treinador também admitiu que, ao longo do processo, serão essenciais alternâncias de modelo de jogo a fim de surpreender os rivais - levando em conta o equilíbrio do Brasileiro e das fases mais afuniladas de Libertadores e Copa do Brasil, por exemplo:
- Essa é uma equipe que tem desenvolvido dinâmicas com e sem bola nas transições com princípios bem fortes. Vamos seguir a trabalhar neste sentido, porque temos convicções para cristalizar essas dinâmicas. Depois disso, certamente teremos sistemas alternativos que nos permita surpreender os adversários seja de início ou durante o jogo.
Também vai ser importante que um dos volantes, seja quem for, conduza melhor as bolas na transição ofensiva. Hoje, ainda há um vácuo na função, tendo em vista que o pedido de Paulo Sousa por um meio-campista "box-to-box" não foi atendido na janela de transferências recém-encerrada.
Além da necessidade do ajuste fino na posição dos volantes, que têm deixado espaço à frente da área num time ainda descompactado, outra lição que o rendimento de ontem deixa é que o time precisa encontrar melhores soluções para ser criativo quando os times baixam as linhas de marcação, algo destacado por Sousa na coletiva.
- Já falamos que precisamos melhorar quando equipes baixam (as linhas) e retiram possibilidades ao nosso jogo e mobilidade. Temos que encontrar soluções com a qualidade que os nossos jogadores têm.
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Agora, há quatro dias de preparação para o próximo jogo, que será contra o São Paulo, neste domingo, pela segunda rodada do Brasileiro, no Maracanã. É inegável que o astral no Flamengo muda com o que foi visto de evolução, mas a cautela se mostra imprescindível em meio à busca pelo resgate da confiança.
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