Parcelas aliviam orçamento de R$ 22 mi e Fla intensifica busca para defesa
Diretoria parcelou a compra de Alex Muralha, Rodinei e Mancuello, e fará o mesmo com Cuéllar. Se ultrapassar meta de R$ 10 milhões em vendas, usará para contratação
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A insaciável busca do Flamengo por um zagueiro não é mais novidade para ninguém. E o amistoso com o Ceará, na quinta-feira, deixou a diretoria ainda mais ciente de que a necessidade de reforçar o setor é realmente fundamental. A cúpula de futebol rubro-negra segue de olho no mercado, principalmente o sul-americano, mas ainda não encontrou o nome ideal: que seja rápido e dentro do orçamento que o clube pode pagar.
Até agora, o Flamengo comprou quatro jogadores para a temporada: Alex Muralha (cerca de R$ 2,5 milhões), Rodinei (cerca de R$ 1,5 milhão), Cuéllar, que será fechado neste sábado (cerca de R$ 8 milhões) e Mancuello (cerca de R$ 10 milhões). Somados, batem R$ 22 milhões, valor total do orçamento aprovado para contratações em dezembro do ano passado. No entanto, a conta não é essa. A diretoria parcelou a compra de todos eles (veja detalhes abaixo). Assim, o clube terá quase R$ 4 milhões para investir no zagueiro. Isso sem contar um provável parcelamento. A ideia é repetir o ato.
Paralelamente, o Flamengo ainda busca bater a meta de R$ 10 milhões em venda. Até agora, tem R$ 7,5 milhões da negociação de Samir com a Udinese (ITA). Se a meta for ultrapassada, o valor excedente será destinado para contratações. Por enquanto, a diretoria não negocia com nenhum defensor. Cotados anteriormente, Alejandro Donatti, do Rosario Central-ARG e Luciano Lollo, do Racing-ARG, foram praticamente descartados, pois não se encaixam no perfil que Muricy deseja para a zaga rubro-negra: de velocidade.
Caso o defensor seja encontrado, a diretoria encerra o ciclo de contratações com dez reforços para 2016. Além dos citados acima, chegaram sem custos: Juan, Antonio Carlos, Chiquinho, Arthur Henrique e Willian Arão. Todos estavam em término de contrato.
FAMA DE BOM PAGADOR AJUDA
A fama de bom pagador que o Fla adquiriu nos últimos anos ajudou bem a diretoria rubro-negra nas negociações recentes com Alex Muralha, Rodinei, Cuéllar e Mancuello. Todas elas foram feitas de forma parcelada, o que gera uma relação de confiança entre quem compra e quem vence. Até agora, estes foram os únicos jogadores que o clube obteve parte dos direitos econômicos. E, em nenhum desses casos, o depósito será todo em 2016.
- Como o Flamengo paga em dia e tem cumprido os compromissos financeiros que assume, vale a pena parcelar, pois sabemos que vamos receber, nem que seja daqui a um ou dois anos - disse o empresário de um dos jogadores citados acima.
O parcelamento, de certa forma, compromete o orçamento do ano seguinte, como vai acontecer com os quatro atletas. A diretoria, entretanto, trabalha com essa possibilidade. Tanto que no atual orçamento, cerca de R$ 6 milhões dos R$ 22 milhões para contratações já estavam destinados à parcelamentos de anos anteriores ou reforços da base.
TORCIDA PEDE SAÍDA DE WALLACE
A torcida do Flamengo criticou muito o zagueiro Wallace após o amistoso com o Ceará, na quinta-feira à noite. Foi criado até um site chamado “Fora Wallace” e a hashtag #ForaWallace foi bem usada pelos flamenguistas nas redes sociais. O técnico Muricy Ramalho valorizou a liderança dele, mas também foi claro:
– Ele é focado e dedicado. Um cara positivo para o grupo, jogador que contamos muito, mas sabemos que o mais importante é dentro de campo. Temos que melhorar o meio de campo ea defesa. O time já mostrou que vai ser forte do meio para frente, mas não pode tomar esses gols lá atrás.
O PAGAMENTO DOS REFORÇOS
Alex Muralha - Com contrato em vigor com o Figueirense, o goleiro Alex Muralha teve 60% dos direitos econômicos comprados pelo Flamengo por cerca de R$ 2,5 milhões. O valor foi parcelado em um acordo entre as duas diretorias. Parte foi paga no ato da compra (por volta de R$ 800 mil), e o restante será pago em dez parcelas de R$ 120 mil. Os outros R$ 500 mil serão após uma quantidade de jogos disputados.
Rodinei - Destaque da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro, o lateral-direito Rodinei pertencia ao Hortolândia, clube gerenciado por um grupo de empresários. Para adquirir 50% do jogador, o Rubro-Negro desembolsou cerca de R$ 1.5 milhão e dividiu em longas 30 parcelas, que serão pagas ao longo do contrato, de quatro anos de duração. No ato da compra, foi depositado um valor maior para o clube.
Cuéllar - Esperado neste sábado para realizar exames e assinar contrato de quatro anos de duração, o volante Gustavo Cuéllar teve 70% dos direitos econômicos comprados pelo Flamengo. O Rubro-Negro fechou a compra em U$S 2 milhões (cerca de R$ 8 milhões) com o Deportivo Cali (COL). U$S 500 mil foi pago no ato da compra (cerca de R$ 2 milhões) e o restante apenas no ano que vem. A quantidade de parcelas será definida, mas devem ser três de U$S 500 mil (R$ 2 milhões).
Mancuello - Principal contratação do Flamengo até agora, o meia Federico Mancuello foi o mais caro entre todos. Para adquirir 90% dos direitos econômicos do atleta, o Rubro-Negro fechou a compra em cerca de U$S 2.5 milhões (cerca de R$ 10 milhões) junto ao Independiente-ARG. Metade foi depositada no ato da compra, há duas semanas, e o restante será pago somente no ano que vem.
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