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Pedro e Gabigol: mudança de Vítor Pereira coloca em risco a continuidade da dupla no Flamengo

Após o primeiro Fla-Flu da final do Carioca, Gabigol abre o jogo e indica que não quer atuar recuado, e, sim, como centroavante. Assim, disputa a vaga com o artilheiro Pedro

Gabigol Pedro Flamengo
imagem cameraOs atacantes Gabigol e Pedro em ação pelo Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 02/04/2023
13:03
Atualizado em 02/04/2023
13:17

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"Gabigol e Pedro podem jogar juntos?" A pergunta mais repetida aos técnicos do Flamengo desde 2020 teve uma resposta definitiva sob o comando de Dorival Júnior, quando os dois formaram a dupla do time campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. Apesar do alto nível em 2022, a parceria está em xeque devido à mudança de sistema de Vítor Pereira. O time passou a atuar com apenas um atacante, Gabigol foi "sacrificado" e, desconfortável,' abriu o jogo com o novo treinador.

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Desde a partida contra o Del Valle, no fim de fevereiro, VP estabeleceu o esquema com três zagueiros. Assim, nas últimas  sete partidas, o Flamengo entrou em campo com Pedro como referência do ataque, com uma linha de três atrás dele. Até o Fla-Flu, Gabi foi um desses nomes, que ganham a companhia dos alas na hora de atacar. A função, contudo, não agradou o camisa 10.

O desejo de Gabi, como deixou claro (veja as respostas abaixo) é voltar para a sua função de origem, mais próximo do gol. Desta forma, é concorrente direto pela vaga com Pedro, que vive grande fase desde o ano passado e é o artilheiro da equipe. Por sua vez, Gabi não marcou gol nos últimos sete jogos com o Manto. É a pior sequência de Gabi desde que chegou ao clube, em 2019.

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Gabigol Flamengo Fluminens
Gabigol durante o Fla-Flu (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

A versão de Gabigol: "Optei por voltar à minha posição'

Reserva pela segunda vez em 2023 - a primeira foi contra o Nova Iguaçu, quando o Flamengo entrou em campo com um time alternativo -, Gabigol admitiu a "estranheza" de ficar no banco em uma decisão. Franco em suas respostas, o atacante admitiu o desconforto na função na qual vinha sendo escalado e revelou a conversa que teve com Vítor Pereira dias antes do clássico no Maraca.

- No penúltimo treino falei com o Vítor. Foi uma conversa clara. Eu falei que queria voltar à minha posição natural, que é centroavante. Enquanto eu pude ajudar o time na posição, um pouco mais recuado, eu ajudei. Mas com esse esquema de três zagueiros, com os times jogando mais por fora, eu optei por voltar à minha posição. E aí eu disputo com o Pedro. E ele optou pelo Pedro - revelou.

Já em 2022, com Dorival  Júnior, Gabi havia deixado de ser a referência do time, saindo mais da área e buscando o jogo. Contudo, na visão do atacante, a mudança com VP foi ainda mais extrema.

- Nesse esquema, a gente joga com só um atacante na frente. No do Dorival, era diferente para mim, mas tinha dois. Eu recuava mais. Já era um pouco desconfortável, entre aspas, mas a gente foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. E eu fui importante assim como o time. Mas nesse esquema eu optei por isso e foi opção dele - explicou Gabi, que tem dado respaldo ao comandante.

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Vítor Pereira revela lesão e reforça que conta com o camisa 10

O técnico deu sua entrevista coletiva antes das declarações de Gabi, na zona mista do Maracanã. De todo modo, VP justificou a opção por Everton Cebolinha e Matheus França, que, em teoria, atuaram nas vagas de Gabigol e Arrascaeta, sendo que Everton Ribeiro também ficou entre os reservas. As características do Fluminense e dos jogadores, de mais velocidade, foram decisivas.

- Primeiro dizer que é um jogador fundamental, importantíssimo, capitão. Conto com ele até pela qualidade que tem. Pelas características do adversário, precisávamos de verticalidade e progressão sem a bola. Ele também teve uns dias parado por conta da lesão. Durante 15 dias trabalhamos bem esse jogo. Cebolinha e Matheus França, para mim, iam ser importantes estrategicamente. Foi isso que entendi. A conversa com o Gabi foi tranquila, honesta e conto com ele pro próximo jogo - disse.

Além disso, o técnico ainda disse em outro momento que "nunca disse que sempre jogará com três zagueiros", o que pode dar a esperança ao torcedor de voltar a ver o time com os dois atacantes, de fato, em suas posições. Contudo, as indicações mais recentes são de que Vítor Pereira está convicto de que essa é a melhor formação para o seu time independentemente das circunstâncias.

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A questão física de Gabigol

Além das funções táticas, a questão física foi um fator levado em consideração para Gabigol estar no banco de reservas contra o Fluminense. Nas duas semanas que o Flamengo teve sem jogos, o atacante ficou os primeiros sete dias sem treinar com o grupo. O clube informou que o atacante - atleta com maior minutagem do elenco em 2023 - realizou um trabalho preventivo de reequilíbrio muscular. Na semana que antecedeu o clássico, Gabi voltou a trabalhar com o grupo no Ninho.

Contudo, tanto Vítor Pereira (leia acima) e Gabi falaram em "lesão" do atacante após a vitória.

- Claro que a semana passada pesou um pouco, eu vim machucado desde o Al-Ahly, no adutor, vim carregando isso. Zerei a dor, trabalhei na semana melhor. Agora tem amanhã e segunda-feira para ver se as minhas dores vão diminuir para poder viajar e poder ajudar o time - disse Gabriel Barbosa.

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