As partidas disputadas pelo Flamengo após a Copa do Mundo despertaram a atenção da comissão técnica para o lado esquerdo da defesa, que vem sendo explorado pelos adversários. Santos e São Paulo, pelo Brasileirão, e Grêmio, pela Copa do Brasil balançaram a rede defendida por Diego Alves em lances que "nasceram" na direita dos respectivos ataques. Robert Piris da Motta - regularizado e à disposição do treinador - pode ser a solução para Barbieri.
São seis gols sofridos nos seis jogos disputados desde o dia 18 de julho, média bem superior a do time desde que Maurício Barbieri assumiu o comando, na primeira rodada do Brasileiro: 15 gols sofridos em 23 partidas (média de 0,65).
Neste intervalo, Rojas, do São Paulo, Rodrygo, do Santos, e Léo Moura, do Grêmio, tiveram até certa facilidade para invadirem a área pelo direita do ataque em jogadas que resultaram em gols de suas respectivas equipes.
Após o ocorrido, Barbieri afirmou que avaliaria a situação, mas não era algo sistemático, destacando a qualidade individual dos adversários, capazes de quebrarem a marcação com dribles - o que de fato aconteceu. No entanto, também é notado que Cuéllar, principal responsável pela marcação no meio rubro-negro, faz uma cobertura mais intensa na direita, segurando os espaços deixados por Rodinei, que tem maior liberdade para subir do que Renê.
Vindo do San Lorenzo, da Argentina, Piris foi oficialmente apresentado na segunda-feira. "Típico camisa 5", "roubador de bolas" e "jogador de pegada" são algumas das credenciais do paraguaio, elogiado por Ricardo Lomba. O volante foi inscrito na Libertadores e pode estrear na quarta, contra o Cruzeiro.
Desta forma, a entrada de Piris na equipe - seja desde o início ou durante a partida - pode reforçar o poder de marcação do meio de campo do Fla, com o novo camisa 25 dividindo com o colombiano Cuéllar a responsabilidade de destruir as jogadas adversárias, uma vez que Willian Arão e Rômulo, opções para Barbieri, não fazem um bom ano e Jean Lucas atua mais como meia.