Precisa fazer caixa: VP do Flamengo frisa quanto o Flamengo espera receber com vendas até julho
Rodrigo Tostes, vice-presidente financeiro do Rubro-Negro, também comentou a respeito da parceria com a 'Globo' e a estratégia de lançar uma plataforma de streaming própria
Nos últimos meses, o discurso de austeridade por parte da diretoria do Flamengo não é tido como novidade. No recuo quanto às negociações com Rafinha, o assunto voltou à pauta. E Rodrigo Tostes, vice-presidente financeiro do clube, frisou valores que o Rubro-Negro espera alcançar em vendas até julho deste ano: R$ 91 milhões.
- A gente tem uma entrega de venda de jogadores aproximadamente de 91 milhões (de reais) nessa janela de julho. O clube tem trabalhando arduamente e estamos bem confiantes de que vamos conseguir cumprir essas vendas. Só para lembrar que exercemos a compra do Pedro, o que mostra a capacidade de investimento do clube. Com exceção da bilheteria, não tivemos nenhuma linha pior do que imaginávamos. Nós achamos que as vendas do ano de 2021 vão ocorrer - disse Tostes, em entrevista ao "ge".
Para 2021, o Flamengo só anunciou a contratação de Bruno Viana, por empréstimo (e opção de compra) junto ao Braga-POR, até aqui. Em entrevista anterior, no início deste mês, Rodrigo Tostes já havia dito que o Flamengo "só vai comprar depois que vender".
A pandemia de Covid-19 custou ao Flamengo R$ 110 milhões. E o impacto no orçamento foi de R$ 200 milhões, de acordo com o próprio VP de finanças. A ausência de receita via bilheteria tem pesado significativamente contra o clube, que já negociou cerca de R$ 50 milhões em 2020, nas vendas de Yuri César (Shabab Al Ahli-EAU) e Lincoln (Vissel Kobe-JAP) - veja mais aqui.
Tostes também respondeu acerca da parceria comercial com a "Rede Globo":
- A Globo é o maior parceira comercial do Flamengo, de longe, não existe uma briga entre o Flamengo e a Globo. O que existe é a gente precisa é testar esse modelo (streaming próprio) para a gente saber quanto ele vale. A gente entende que acessar o cliente diretamente é necessário para termos base de negociação. É simplesmente isso, a Globo é o maior parceira comercial do Flamengo, e vem sendo há muitos anos.
- O que a gente entende é que temos que buscar modelos alternativos. O clube precisa estar preparado para negociar tecnicamente, tecnologicamente. Não é fácil montar uma plataforma de streaming própria ("FlaTV+"), nós temos aprendido muito, estamos em evolução. Não tem nenhuma briga nisso - completou.