A vitória sobre o Botafogo, por 3 a 2 neste domingo, terminou com a torcida do Flamengo exigindo - ainda que em tom de apoio - a virada diante do Emelec, na Libertadores. Se o clássico serviu como uma resposta após o revés no Equador, a equipe da Gávea precisará de sua atuação mais convincente e sólida sob o comando de Jorge Jesus para conseguir a classificação para as quartas de final.
A derrota por 2 a 0 em Guayaquil obriga o Flamengo a buscar uma vitória por três gols de diferença para evitar a disputa de pênaltis, o que acontecerá caso o Flamengo repita o placar da ida a seu favor no Maraca. É uma situação inédita para a equipe desde que Jorge Jesus assumiu o time da Gávea, junho, e desde então, vem atuando com uma postura agressiva, ocupando o campo do rival.
Se o Emelec for às redes no Maracanã, o Flamengo passa a precisará de uma vitória por 4 a 1, 5 a 2 e assim por diante. Nos seis jogos com o técnico até o momento, o Flamengo sofreu gol em todos. Outro desafio para os jogadores.
Assim como para Jorge Jesus que viu Léo Duarte ser negociado com o Milan, da Itália, e Rodrigo Caio deixar o clássico de domingo, contra o Botafogo, com lesões na coxa esquerda. A dupla de zaga, portanto, deve ser formada por Pablo Marí e Thuler - o espanhol e o jovem se conheceram há poucas semanas.
Além de renovar a confiança da torcida, a vitória sobre o Botafogo pode ter servido como aprendizado para Jorge Jesus. Ao escalar Rafinha e Gerson em suas funções de origem, por exemplo, deixaram os atletas em condições de decidir o confronto e apresentar, em campo, suas melhores características. O lateral participou de todos os gols, um deles em chute do meia de fora da área.
Apesar das lesões de Diego e Vitinho, que serão baixas por um longo período, e Everton Ribeiro e Arrascaeta, cujas chances de atuar na quarta são pequenas, Jorge Jesus ainda tem a serviço um grupo qualificado, com atletas capazes de decidir jogos a favor do Fla. É isso que o time precisa na quarta para avançar.