Prós, contras e os riscos do Flamengo ao ‘ir levando’ Barbieri como interino
Auxiliar técnico deve ter dois jogos - contra Vitória e Santa Fe - como interino e, caso tenha sucesso, pode ser efetivado como treinador do Flamengo dentro de uma semana
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As presenças de Eduardo Bandeira de Mello, Ricardo Lomba e Carlos Noval tornaram-se frequentes no Ninho do Urubu desde a reformulação no departamento de futebol. A cúpula do futebol do Flamengo está atrás de um treinador e faz uma avaliação constante sobre o trabalho de Maurício Barbieri, auxiliar que comandará o Flamengo diante do Vitória, no sábado, em Salvador.
A poucos dias da estreia do Campeonato Brasileiro, o mercado impõe dificuldades à diretoria, que já ouviu o "não" dos dois nomes favoritos: Renato Portaluppi e Abel Braga. A opção pela efetivação de Barbieri não está descartada, mas é de risco, em especial para o presidente Bandeira de Mello.
O LANCE! analisou os prós, os contras e os riscos da opção do Flamengo de "ir levando" Maurício Barbieri como interino enquanto não chega a um nome.
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PRÓS
Contratado em 7 de janeiro para ser auxiliar permanente do clube, Maurício Barbieri já conhece o atual elenco, suas carências e qualidades. Além disso, o auxiliar tem um bom relacionamento e, entre os jogadores, a ideia de sua efetivação é bem vista. Todos atletas têm elogiado os treinos comandados por ele desde a saída de Carpegiani, após a queda no Estadual, em 28 de março.
"Moderno", "qualificado" e "diferenciado" são as características citadas por quem conhece e tem treinado sob o comando de Barbieri nas últimas duas semanas no Flamengo. Com métodos de treinamento atualizados e com a capacidade de explicar, o auxiliar tem conseguido exigir o máximo do elenco.
CONTRAS
O auxiliar é bem-quisto pelo elenco, mas a inexperiência é um fato. Chegou ao Flamengo em 7 de janeiro após passagens pelas categorias de base e time principal de Red Bull Brasil, Audax Rio, Guarani e, por fim, Desportivo Brasil.
Depois da estreia no Brasileirão contra o Vitória, sábado, o Flamengo já volta a campo pela Libertadores na quarta, dia 18, contra o Santa Fe, da Colômbia.
O fracasso de 2017 ainda está fresco na memória e torna um novo insucesso na fase de grupos inadmissível. Assim, o jogo que se desenha como decisivo para Barbieri ganhar força e ser efetivado é decisiva para os planos do clube.
RISCOS
Carlos Noval marcou posição ao declarar que Maurício Barbieri faz o perfil de treinador que lhe agrada e citou qualidades do profissional. Noval conta com a confiança de Eduardo Bandeira de Mello. Foi o presidente que o convidou para ser o substituto de Rodrigo Caetano e, por isso, as consequências das decisões do dirigente também "caem nas costas" do mandatário em ano eleitoral.
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Com a dificuldade imposta pelo mercado, a efetivação de Barbieri ganha força e, caso confirmada, será vista como uma decisão do mandatário Bandeira de Mello. As consequências também serão responsabilidade do presidente que, à frente do clube desde 2013, sofre pressão por melhores resultados em campo.
Outra corrente nos bastidores da Gávea pressiona a direção pela chegada um técnico de renome, capaz de cobrar o elenco, que conta com grandes nomes, de "cima para baixo". Sem encontrar um nome que agrade a todos e esteja disponível, a cúpula do futebol do Fla enxerga a pressão crescer a cada dia.
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