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O que esperar de Gustavo Henrique e Pedro Rocha, os primeiros reforços do Flamengo

Jogadores atuaram por Santos e Cruzeiro, respectivamente, nesta temporada e estão com situação encaminhada para defender as cores rubro-negras em 2020

Montagem Pedro Rocha Gustavo Henrique
imagem cameraGustavo Henrique e Pedro Rocha vão reforçar o Fla (Foto: Richard Callis/Fotoarena/Lancepress! Reprodução/Twitter)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/12/2019
13:11
Atualizado em 25/12/2019
08:00

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A temporada de destaque com os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores trouxe alegria para o Flamengo. No entanto, o bom rendimento em campo também significa perder jogadores para o mercado em 2020. Pensando nisso e em reforçar posições identificadas como carentes, o Fla agiu rápido e já encaminhou com as duas primeiras caras novas: o zagueiro Gustavo Henrique, do Santos, e o atacante Pedro Rocha, do Cruzeiro.

Um dos destaques do Santos em 2019, Gustavo Henrique, de 26 anos, foi revelado pela equipe paulista. Entre os profissionais desde 2013, o jogador marcou cinco gols na temporada, a melhor nesse quesito. Ele foi o segundo zagueiro que mais balançou as redes no Campeonato Brasileiro, atrás apenas de Rafael Vaz, com cinco.

Gustavo Henrique chega para disputar vaga do lado esquerdo da defesa, posição que hoje é ocupada por Pablo Marí. Assim como os concorrentes, ele também é forte no jogo aéreo, ofensiva e defensivamente. Além disso, tem aproveitamento de 96,6% nos passes e boa bola longa, características importantes no modelo de jogo de Jorge Jesus no Fla.

O que pode pesar contra o zagueiro é a disciplina. No Brasileirão, ele levou 10 cartões amarelos e dois vermelhos.

COM A PALAVRA - Arthur Faria, setorista do Santos no LANCE!

"Gustavo Henrique pode ser útil por ser um jogador técnico, com boa saída de bola, além de ser importante no jogo aéreo. O ponto negativo é o posicionamento. O atleta foi facilmente envolvido em contra-ataques e até expulso em algumas oportunidades por este defeito. Em 2019, com Jorge Sampaoli, o camisa 6 evoluiu e superou as lesões. Ele, inclusive, terminou o ano titular com mais de 60 jogos, sua melhor marca na carreira."

PEDRO ROCHA COM DESCONFIANÇA

Pedro Rocha pertence ao Spartak Moscou, da Rússia. Aos 25 anos, ele não repetiu em 2019 o bom rendimento da época em que jogava pelo Grêmio, de 2015 a 2017, quando foi campeão da Copa do Brasil em 2016 e participou da campanha do time na Libertadores de 2017. Foram 33 partidas na temporada com a camisa do Cruzeiro e quatro gols marcados, além de três assistências. 

Com atuação pelas pontas, especialmente pelo lado esquerdo, apesar de ser destro, o jogador foi contratado já pensando em uma possível saída de Bruno Henrique. Versátil e com velocidade, Pedro Rocha pode ser importante caso o Flamengo perca seu principal jogador de 2019. No entanto, precisará deixar para trás o ano ruim em Belo Horizonte.

COM A PALAVRA - Isabelly Morais, jornalista de Minas Gerais

"O ano do Pedro Rocha foi de acordo com a própria temporada do Cruzeiro. Ele começou muito bem no time, mas terminou o ano bem abaixo. Inicialmente, era uma opção de velocidade pro ataque, especialmente pelos lados, em que na maioria das vezes alternou com David. Mas a troca de treinadores fez com que cada um explorasse algo do Pedro, sempre na busca desesperada por uma saída de um time em queda. Vimos Pedro pelas correndo beiradas, armando pelo meio e de centroavante. Ele se lesionou também e acabou voltando muito mal. Quando retornou, o time já estava afogado numa situação sem volta, e ele sozinho não poderia resolver. Já nesta reta final de ano, Pedro Rocha esbanjou passes errados, sem sintonia alguma. Não dá pra descolar sua temporada do trágico ano do Cruzeiro.

De ponto forte destaco velocidade e habilidade. Pedro entende bem as jogadas e tem um potencial enorme. Talvez por isso esperou-se tanto dele já pro fim do Brasileiro, porque era uma caixa de surpresa pras jogadas. Pedro voou no Grêmio e teve uma rápida passagem fora do Brasil. Não é mais um garoto, também não é um veterano, mas faltou mais cancha em alguns momentos. Com o time em crise, situação delicadíssima, Pedro perdia umas bolas bobas e dava chances incríveis pros adversários, sendo que o time entrou na fase de duelos decisivos. Não culpo Pedro Rocha pelo rebaixamento, de forma alguma, mas junto com o elenco se deixou levar pela crise do Cruzeiro."

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