Líder isolado do Brasileirão e finalista da Copa Libertadores, o Flamengo é o centro das atenções do futebol nacional em 2019 e, entre os torcedores, um é mais que especial. Ídolo da torcida rubro-negra, Romário não poupa elogios para o momento brilhante do time da Gávea. Em conversa com o LANCE!, o Baixinho exaltou o trabalho do clube e aposta todas as fichas num fim de ano campeão para a Nação Rubro-Negra. Realidade totalmente diferente dos rivais cariocas.
- O Flamengo tem grandes possibilidades de ganhar esses títulos do Brasileiro e da Libertadores, tem time pra isso. Hoje, é o melhor time do Brasil, não tem como não torcer. A parte administrativa tem dado exemplo no Brasil, mesmo com algumas equipes também neste caminho, como Athletico-PR e Palmeiras. Se os outros clubes seguirem essa linha do Fla, tenho certeza que o futebol brasileiro é que vai ganhar em qualidade. O clube hoje tem que agradecer e parabenizar a gestão do Bandeira de Mello. Lembro que ele mesmo falou, quando assumiu, que ia ajeitar a parte administrativa. E está aí. Hoje, o atual presidente vem realizando uma grande gestão e herdando muito do Bandeira - comentou.
E um dos nomes fortes da grande temporada rubro-negra ocupa um posto bem conhecido pelo Baixinho. Gabigol é o artilheiro do país em 2019 e chegou a ser convocado pelo técnico Tite para defender a Seleção Brasileira, no entanto, teve apenas 23 minutos para mostrar seu potencial em campo. Para Romário, o craque merece uma oportunidade melhor com a Amarelinha, podendo ser a solução para o ataque canarinho.
- O Gabigol é um fazedor de gols e a Seleção está precisando disso. Mas pro cara poder fazer gol tem que dar tempo pra ele fazer isso. Não adianta esperar que ele entre e, em dez minutos, resolva. Eu vejo hoje que ele merece sim uma oportunidade, até pelos gols e pela importância dos gols que ele vem fazendo no Flamengo. Espero que nas próximas convocações ele esteja presente e tenha a oportunidade de começar jogando - analisou.
Os elogios a Gabigol não param por aí. Recentemente, o camisa 9 do Fla entrou no top-10 de artilheiros da equipe no século XXI, igualando a marca de Hernane Brocador. Uma das metas a serem batidas é justamente do eterno camisa 11. Em 1999, Romário balançou as redes 48 vezes com a camisa do Fla e, até agora, Gabriel Barbosa já anotou 36 gols na atual temporada.
- Assim como eu bati os recordes de alguém, também vão bater os meus. A possibilidade dele alcançar essa marca é real e eu, como carioca, e como jogador que defendeu o Flamengo, torço bastante para que ele siga. Torço por ele e torço para que ele possa fazer o maior número de gols possíveis e ajude o Flamengo a conquistar esses títulos tão esperados - disse.
Outro tema que chama a atenção do Baixinho é o fraco poder de mercado dos rivais rubro-negros. Assim como o Fla, que recentemente revelou o jovem Reinier, Vasco e Fluminense viram grandes joias das categorias de base surgirem na atual temporada. Pelo Cruz-Maltino, Talles Magno é a maior aposta, assim como o já vendido João Pedro se destacou nas Laranjeiras. A diferença surge na hora das negociações. Com uma consolidada situação financeira, o Rubro-Negro consegue emplacar grandes acordos no mercado da bola, ao contrário dos rivais.
- Fora o Flamengo, hoje, não existe nenhum time do Brasil que tenha condição de segurar um jogador que mostre essa qualidade que os europeus entendam ser interessante. Pela qualidade do futebol, pela falta de profissionalismo e, é claro, pela parte financeira. Temos uma série de clubes endividados, atrasando salários, então não tem como. O João Pedro, do Fluminense, tinha tudo para crescer aqui perto da gente, se tornar um ídolo, até mesmo vestir a camisa da Seleção. Mas como faz? O clube não tem dinheiro, precisa se regularizar, então tem que vender o jogador. Eu espero que não aconteça com o Talles Magno, mas vai ser quase impossível segurar. E o Reinier eu acredito que só saia se o Flamengo acreditar ser algo muito bom, porque não precisa vender, o Fla virou comprador - destacou.
FLUMINENSE E BOTAFOGO EM ALERTA
- Não é só o Fluminense, mas o Botafogo também se encontra num momento muito delicado e é claro que os culpados maiores não são os responsáveis pelas atuais gestões. Eles passam a ter uma parcela de culpa, mas isso também vem das administrações antigas. As coisas mudaram e os dirigentes precisam entender isso. O futebol tem que ser administrado como o Flamengo é, como o Athletico-PR é. Se não mudarem isso, daqui a pouco estarão na segunda e até terceira divisão. O Fluminense e o Botafogo precisam se reinventar para sair deste momento.
LUXEMBURGO MUDA O VASCO
- O Luxemburgo melhorou muito o Vasco. A parte técnica do Vasco realmente não é muito boa, mas os jogadores querem ajudar o clube e se ajudar automaticamente. Eles correm, tentam fazer o melhor possível, mas o grupo não é dos melhores e a chegada do Luxemburgo deu uma melhorada muito boa. O discurso mesmo já é bem diferente. Quando ele chegou o assunto era brigar para não cair e hoje o discurso é brigar para entrar no G6. Isso é muito bom e hoje eu posso dizer que a probabilidade do Vasco conquistar essa vaga na pré-Libertadores realmente existe.