A torcida do Flamengo preparou uma grandíssima festa para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, mas o Rubro-Negro não conseguiu corresponder e perdeu para o São Paulo por 1 a 0. Ao final do duelo, Sampaoli explicou a escolha pela escalação com três atacantes, voltou a dizer que não conseguiu implementar seu DNA à equipe e ressaltou que faltou 'fúria' para buscar a vitória.
- Não consegui o que fiz nos outros times ainda, colocar a maneira de sentir o futebol em um ano difícil do Flamengo. Chegamos aqui com uma crise, com muitas finais perdidas. Tentei implantar um DNA. Continua sendo minha responsabilidade. Sigo tentando até aqui. Estamos longe dos times que já tive e que pretendo.
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- No primeiro tempo, o time foi muito impreciso, muito nervoso. Não teve capacidade, inclusive individual. Foi difícil chegar ao campo do rival, porque a bola estava sempre em disputa. Parece que foi um primeiro tempo muito baixo do time - destacou.
- Então, sim, espero que Arrasca se recupere e possa jogar. Mas temos que lidar com a realidade que temos e dar a cara. Desde a projeção até a execução, porque, como foi o segundo tempo, podíamos ter ganhado a partida tranquilamente. Nos faltou um pouco de fúria - disse.
Sampaoli deixou claro os sinais de insatisfação com o Flamengo em pelo menos duas atitudes neste domingo. O técnico deixou a beira do campo antes do fim do primeiro tempo e, ao final da partida, na saída para o vestiário, chutou as grades de segurança.
Lance!
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A maneira do Flamengo jogar:
- Até agora não aconteceu. Sigo trabalhando duro para que isso aconteça. Mas compartilho com você ou com torcedor que analisa que o que quero como time não aconteceu. Também porque existe uma cultura de um time que esteve jogando muito tempo de uma forma e uma troca de forma também necessita de tempo. O tempo ainda não chegou e o time conseguiu jogar de maneira muito alternada. Seguiremos tentando.
Superioridade do São Paulo:
- O São Paulo propôs duelos. Não nos deixou jogar, não teve imprecisões no primeiro tempo. No segundo tempo, o time jogou mais plantado no campo. Sinceramente, não posso saber se uma coisa condiciona a outra. O Flamengo teve volume, teve volume, mas foi impreciso no último terço, faltou clareza. O São Paulo foi melhor nos duelos. Mas é uma final. O resultado foi a precisão de um time e imprecisão de outro.
Três atacantes juntos:
- Nós planejamos muito esse jogo. Tivemos muita atenção e planejamento da estrutura. Pensamos que o time carente de gols precisava de jogadores que tivessem essa capacidade. Normalmente, jogo com extremos abertos. Não tinha na direita. Então coloquei o Gabriel para aproveitar o trio de ataque. Mas não teve conexões. Mas a única dúvida que tinha no jogo era tirar um atacante e colocar Everton Ribeiro ou um volante. Sinceramente, optei por colocar um volante ofensivo. Pensei: um jogo no Maracanã, pensei muito em como o time teve o domínio no segundo tempo e tenho três atacantes com ‘muito gol’. Isso que pensei e imaginei antes de armar esta escalação. Mas não resultou.
Apenas um volante:
- Eu penso mais na falta deste equilíbrio ofensivo do time. Penso mais nisso. Se o time está desequilibrado ofensivamente, claro, uma coisa limita a outra. Se colocar um volante defensivo em vez de um atacante, podia nos dar mais regularidade nos duelos que o São Paulo propôs no primeiro tempo, mas uma decisão. Acredito que contra o Botafogo o time também jogou em 2-3-2-3, mas jogou um pouco mais em cima pelo lado direito. A ausência de Luiz Araújo é uma ausência sentida também, porque é um extremo pela direita que nos dava também profundidade. Como falo, o que passou é consequência de um monte de... não sei se erros, mas de desacordos coletivos. Quando um treinador pensa que um time vai ganhar e não ganha é como que algo que não está bem. E eu senti que hoje o Flamengo iria ganhar, então, temos que repensar muitas coisas.
Matheus Cunha:
- Matheus desde a minha chegada teve rendimento muito alto. Sinceramente não lembro se foi dele a responsabilidade do gol. É um goleiro que tem nos ajudado muito até agora
Saída de jovens da base
- França foi uma decisão do clube de vendê-lo. É um jogador que tinha uma progressão importante no clube. O clube decidiu a venda dele. Com respeito a Gonçalves, sinceramente, não sabia que seria emprestado ao Bragantino. Foi também uma decisão do clube. E de Lanzini, estávamos buscando muito mais um volante pela direita e também buscando um extremo pela direita porque estávamos precisando. Mas esse nome nunca existiu.
Varias escalações
- Tento escalar sempre os melhores. Creio que muitas posições são repetidas muitas vezes. Em outros lugares variei mesmo. É um time que não precisa se entrosar, porque eles já se conhecem e jogam juntos há muito tempo. Mas temos que seguir para que esse entrosamento se mostre.