O Flamengo externou o seu ímpeto ofensivo e, diante de um organizado Independiente Del Valle e com um a menos durante mais de terços da finalíssima da Recopa Sul-Americana, pouco sofreu. O inédito título veio após vitória por 3 a 0, no Maracanã, e chamou a atenção pela consistência do sistema defensivo, sob desconfiança com a nova dupla de zaga.
Gustavo Henrique e Léo Pereira, contudo, estiveram seguros e foram determinantes, ao lado dos experientes laterais Rafinha e Filipe Luís, para que a expulsão de Willian Arão, aos 20 minutos da etapa inicial, não fosse letal.
Com um a menos, Flamengo travou quatro chutes e só viu o Del Valle acertar o alvo duas vezes
E Jorge Jesus destacou a postura de sua equipe, que tem o hábito de praticar atividades com um jogador a menos, justamente em prol da resiliência.
- Como o Gerson disse, temos momentos de treinos que tivemos essa experiência, mas nunca é igual. Depende de como o adversário joga. Nada é igual. Tivemos 20 minutos até chegar ao intervalo para falarmos até o que tínhamos a fazer e os jogadores perceberam perfeitamente. Os gols do Gerson são de um segundo volante que agride a área adversária. A princípio, na expulsão, ficamos bloqueados por ter um a menos, tiveram comportamentos que não costumamos ter com 11 em campo, e não é para ser diferente.
- Quando está com um a menos, precisa correr por dois, praticamente. Isso nos obrigou, o Arrascaeta, o Everton, a serem jogadores de maior ajuda aos laterais, os obrigou a terem outro andamento quando a bola era recuperada - analisou o treinador, em entrevista coletiva.
FALA, GUSTAVO HENRIQUE!
O LANCE! também ouviu Gustavo Henrique para saber a visão do camisa 2 a respeito da atuação coletiva e individual. O defensor considerou que o duelo ante os equatorianos, o seu sétimo pelo Flamengo, foi o seu melhor pelo clube.
- Jogar com um a menos é sempre muito difícil, ainda mais no começo do jogo, tivemos que recuar e ter outro planejamento durante o jogo, mas acredito que nos comportamos muito bem. A equipe do Del Valle é qualificada demais, não tinha pressa nenhuma de entrar, o que cansava ainda mais a gente. Fomos conversando e nos acertando ao longo da confronto - disse, emendando:
- Acredito que sim, hoje eu estava me sentindo muito seguro e confiante. Um mês de trabalho acho que é normal a oscilação, estou muito feliz pela atuação de hoje. Foi uma atuação muito convincente do sistema defensivo. Duas ou três semanas não conseguimos fazer tudo que o treinador pede. Ao poucos, vamos ganhando confiança e entendimento junto aos companheiros para evoluir sempre - finalizou.
Gustavo Henrique e o restante do elenco folgam nesta quinta. A aguardar se Jesus escalará novamente Gustavo ao lado de Léo Pereira para acelerar a rodagem da dupla, para o jogo deste sábado, às 18h, diante da Cabofriense, estreia da Taça Rio. O palco será novamente o Maracanã.