No STJD, Flamengo busca garantia para poder escalar Paolo Guerrero

Após resposta incerta da CBF, clube da entrou com recurso para confirmar a utilização do atacante, que atuou no Mundial por conta da uma liminar do Tribunal Federal Suiço

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Depois de consultar a CBF e não ter uma resposta definitiva sobre a condição de Guerrero, o departamento jurídico do Flamengo entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para saber se poderá ou não escalar o atacante no Campeonato Brasileiro. O clube da Gávea espera uma resposta definitiva ainda nesta segunda. Daqui a dois dias, Maurício Barbieri comanda a equipe diante do São Paulo, vice-líder do Brasileirão, no Maracanã.

O peruano está treinando com os companheiros há duas semanas no Ninho do Urubu após defender o Peru na Copa do Mundo da Rússia. Sua participação no Mundial aconteceu por conta de uma liminar obtida no Tribunal Federal Suiço, dias antes do torneio entre seleções, após o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) aumentar a pena de seis para 14 meses do atacante por causa do doping.

A liminar do Tribunal Federal Suiço, por sua vez, não deixava claro se a liberação do atacante era válida apenas para a Copa do Mundo ou para as demais competições enquanto o caso não voltasse a ser analisado pela Justiça Suíça. Por isso, o Flamengo busca as garantias legais para escalar o jogador.

Quando o Tribunal Federal Suiço concedeu a liminar, a defesa de Guerrero informou que não havia um prazo certo para que o caso voltasse a ser analisado, mas a expectativa era de que fosse resolvido ainda em 2018.

Desta forma, Guerrero segue com o futuro indefinido. As conversas pela renovação do contrato do atacante estão paradas. Seu vínculo com o Flamengo é válido até 10 de agosto - e sua permanência parece cada vez menos provável.

RELEMBRE O CASO:

Guerrero testou positivo para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em exame antidoping realizado após o jogo entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro. A partida era válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Por causa disso, a Fifa suspendeu o atleta por 30 dias preventivamente. Depois, no dia 8 de dezembro, a Fifa anunciou a suspensão do atacante por um ano.

Em 20 de dezembro, a Comissão de Apelação da Fifa aceitou parcialmente o recurso interposto pela defesa de Guerrero, reduzindo a pena para seis meses. Então, iniciou-se a luta do atacante - e de seus advogados - por sua absolvição.

Em maio, após cumprir os seis meses de punição, Guerrero voltou a atuar pelo Flamengo e pela seleção peruana, sendo convocado para o Mundial da Rússia. No entanto, semanas antes da Copa do Mundo, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julgou os recursos do atacante, que pedia a absolvição, e a apelação da Agência Mundial Antidoping (WADA), que pedia a suspensão por dois anos.

O resultado do julgamento do TAS foi o aumento da pena de seis para 14 meses, o que deixaria Guerrero fora do futebol até 2019 e fora do Mundial.

A defesa do centroavante, então, apelou ao Tribunal Federal Suiço, que concedeu uma liminar e autorizou a presença do peruano na Copa do Mundo, mas sem especificar se o atleta poderia disputar outras competições após por conta da liminar ou dar um prazo para o caso ser analisado definitivamente.

Após a reapresentação de Guerrero no Ninho do Urubu, o departamento jurídico do clube consultou a CBF sobre a situação do peruano. Em sua resposta, a entidade sugeriu ao Rubro-Negro procurar a justiça suíça.

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