Em último ano de contrato, ‘Geração 85’ mantém protagonismo e reafirma espaço na história do Flamengo
Diego Alves, Filipe Luís e Diego Ribas - todos nascidos em 1985 - tiveram papel fundamental na conquista da Supercopa do Brasil, no último domingo
O brilho na disputa de pênaltis, a bela jogada individual que resultou no gol de empate e o "milagre" para evitar um gol do adversário em cima da linha.
Três momentos marcantes na conquista da Supercopa do Brasil pelo Flamengo, no último domingo, e que simbolizam a importância de três jogadores na história recente do clube. Em meio a um elenco galáctico, Diego Alves, Filipe Luís e Diego Ribas rejeitaram qualquer questionamento de estarem em fim de carreira e mais uma vez assumiram papel de protagonismo em um título rubro-negro.
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Nascidos em 1985 e companheiros desde a época das seleções de base, os três amigos se reencontraram no Flamengo após carreiras bem-sucedidas na Europa e, desde então, se tornaram referências no elenco. Se não tem mais o mesmo vigor físico de anos atrás, a 'Geração 85' esbanja liderança e experiência dentro das quatro linhas. E não é para menos: são os mais velhos entre os 30 atletas profissionais do Rubro-Negro.
Os três foram contratados pelo Flamengo em épocas diferentes e faziam parte do planejamento de tornar o clube na principal força do futebol brasileiro. Cientes da responsabilidade, o trio sempre deixou claro o desejo de marcar o nome na história rubro-negra e se tornou fundamental para a "Era de títulos" iniciada em 2019.
TÍTULOS DA "GERAÇÃO 85" PELO FLA:
- Libertadores (2019)
- Campeonato Brasileiro (2019 e 2020)
- Supercopa do Brasil (2020 e 2021)
- Recopa Sul-Americana (2020)
- Campeonato Carioca (2020)
* Contabilizados apenas as conquistas com os três juntos. Além desses títulos, Diego Ribas conquistou o Carioca em 2017 e 2019. Diego Alves também estava presente no Carioca 2019.
E a geração 85 segue fazendo história! 🤡 @ribasdiego10 @filipeluis pic.twitter.com/Hcv19GXB0u
— Diego Alves (@diegoalvesgol) April 12, 2021
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Na partida contra o Palmeiras, foi Filipe Luís quem apareceu primeiro com maior destaque. Peça-chave no esquema de Rogério Ceni, o atleta de 35 anos derrubou novamente a tese de ser apenas um "lateral defensivo" e quase marcou um golaço em jogada individual dentro da área. Caprichou tanto na finalização que a bola bateu na trave. Sorte que a mesma sobrou para Gabigol marcar e garantir o empate rubro-negro.
Em seguida, foi a vez de Diego Ribas assumir papel de protagonista na decisão. Quando a partida estava empatada em 1 a 1, o camisa 10 salvou o Flamengo ao evitar - de letra - um gol do Palmeiras praticamente em cima da linha. Um lance que simboliza o empenho de um jogador que mudou recentemente de posição e não mostra não estar acomodado no auge dos seus 36 anos de idade.
No entanto, tudo isso poderia ter sido em vão se não fosse a estrela de Diego Alves. Durante os 90 minutos, o goleiro realizou diversas defesas importantes e manteve o Flamengo vivo na disputa. Após o empate em 2 a 2, brilhou ainda mais ao defender três cobranças de pênaltis e se tornou herói da conquista rubro-negra. Um prêmio para o camisa 1, que sofreu com lesões na última temporada e ficou de fora da reta final do Brasileirão 2020.
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Titulares e valorizados pelo técnico Rogério Ceni, os três jogadores vivem o último ano de contrato com o Flamengo (os vínculos vão até 31 de dezembro) e ainda não têm o futuro definido. A tendência é que as conversas por renovação entre o trio e a diretoria rubro-negra comecem a partir do segundo semestre, como foi feito em 2020 com Diego Ribas e Diego Alves.
Até lá, a "Geração 85" tem praticamente uma temporada inteira pela frente para marcar ainda mais o nome na história do Flamengo. Em busca de novos títulos, o trio agora mira na conquista do Campeonato Carioca e na disputa da fase de grupos da Libertadores. Após a partida do último domingo, ninguém duvida que os três ainda têm lenha para queimar.